A NATUREZA DE CRISTO
Visto que o Cristianismo é a única religião verdadeira e que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens, somos levados a buscar saber sobre a origem e natureza dessa singular pessoa, Jesus.
Jesus não é um personagem legendário da antiga mitologia, assim como Júpiter, Hércules e Apolo. Ele é tampouco um anjo em disfarce ou uma estranha criatura de outro planeta. Ele não é um meio homem que um dia decidiu começar uma nova religião. Ele também não é um charlatão religioso ou um impostor. Ainda mais, Ele não é uma edição especial de luxo da humanidade resultante do processo de evolução aplicado ao caráter humano.
Jesus é o unigênito filho de Deus. Nascido da virgem Maria, Ele mantém uma relação especial com Deus e uma relação especial com o homem. Ele é filho de ambos, homem e Deus. Tendo essa natureza singular, Ele está hábil para servir como mediador entre Deus e a humanidade. Ele é um “arbitro entre nós, que estende a mão sobre nós ambos. (Jó 9:33). Jesus é sem pecado. Na sua pureza e perfeição, Ele está apto a que nenhum outro indivíduo pode fazer. Ele por si está qualificado a ser uma ponte entre Deus e o homem.
I- JESUS NO PLANO ETERNO DE DEUS
Jesus teve sua origem na mente e plano de Deus. Sua vida e obra foram pré conhecidas e planejadas por Deus desde o princípio dos tempos. “Conhecidas de Deus são todas as suas obras desde o princípio do mundo” (Atos 15:18). Imaginado por sua sabedoria, proporcionado por seu amor, e formado mediante o seu poder, o plano de salvação de Deus encontra o seu centro na pessoa e obra de Jesus Cristo.
(Efes. 1:9,10; 3:11).
Antes de Adão pecar ou ainda antes de ser criado, Deus sabia que a humanidade necessitaria de um Salvador. O Cordeiro de Deus, por isso, “em verdade foi ordenado antes da fundação do mundo.” (I Pedro 1:20).
Seu sacrifício era tão certo e um fator de tamanha importância no plano de salvação de Deus que Ele é descrito como “o Cordeiro morto desde a fundação do mundo” (Apoc. 13:8). Este é um exemplo do que Deus chama “coisas que não são como se fossem” (Rom. 4:17).
Jesus não existiu como uma pessoa até que nasceu em Belém. Contudo, Ele existiu na mente e plano de Deus desde a eternidade. Com isso em mente, Jesus referiu-se à “glória a qual tinha antes que o mundo existisse (João 17:5), e Ele disse, “Tu amaste me antes da fundação do mundo” (João 17:24).
Os benefícios do evangelho que se fizeram possíveis pelo sacrifício de Cristo eram conhecidos por Deus desde o princípio e estavam inclusos no seu plano de salvação.
A esperança de vida eterna foi prometida “antes que o mundo existisse” (Tito 1:2), o reino foi preparado “desde a fundação do mundo” (Mat. 25:34); e a graça salvadora foi dada em Cristo “antes que o mundo começasse” (II Tim. 1:9).
Jesus é o ponto focal de toda a obra divina. Tudo o que Deus tem feito em relação ao homem e terra foi concebido com Cristo em mente. Todas as coisas foram criadas “para Ele” (Col. 1:16).
Deus apontou seu filho como herdeiro de todas as coisas e por Ele preparou o mundo. (Heb. 1:2). Quando Deus criou nosso planeta e por Ele preparou o mundo. (Heb. 1:2). Quando Deus criou nosso planeta, Ele sabia que algum dia seu filho seria nascido aqui, daria seu filho como sacrifício pelo homem, ressuscitaria da morte, ascenderia ao céu, e mais tarde retornaria para governar sobre todas as nações. É da vontade de Deus que os pecadores redimidos sejam “conforme a imagem de seu filho, de forma que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.(Rom. 8:29). Ele planeja que seu filho seja a suma de toda a Sua obra “que em todas as coisas tenha preeminência” (Col. 1:18), “o primeiro nascido de toda criatura” (Col. 1:15), e “o princípio da criação de Deus” (Apoc. 3:14). Muitos homens viveram antes de Cristo, mas Ele é superior a todos. Como o último Adão, Jesus é superior ao primeiro Adão.(I Cor. 15:45,46). Ainda que mais jovem em idade, Jesus é superior a João Batista. (João 1:15,30). Ainda que Abraão era o pai da fé e fundador da nação de Israel, Jesus é superior a qualquer posição que Abraão tenha ocupado. (João 8:58).
“Ele é antes de todas as coisas” (Col. 1:17); nenhum homem é superior a Ele.
II- O NASCIMENTO VIRGINAL DE CRISTO
Nosso Salvador teve um nascimento sobrenatural. Ele foi nascido de Maria, uma mulher judia que era uma virgem. Ele teve uma mãe terrena, mas não tem um pai terreno. Através do seu poder, o Santo Espírito, Deus trouxe por concepção biológica a Jesus através de Maria.
O anjo disse a Maria, “Eis, que tu conceberás em teu ventre, e darás luz a um filho, e chamará seu nome Jesus... Então disse Maria ao anjo, Como isto será , visto que não conheço um homem? E o anjo respondeu e disse a ela, o Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá: e também o Santo que de ti nascerá será chamado o filho de Deus”. (Lucas 1:31, 34,35).
Na concepção de Jesus, Maria estava desposada a José, mas eles não estavam casados ainda. Entretanto, José “não a conheceu até que ela deu à luz ao seu filho primogênito” (Mat. 1:25).
Mateus escreveu: “Ora o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajustarem achou-se ter concebido do Espírito Santo.
Então José seu marido, como era justo, e não desejando fazer dela exemplo público, intentou deixá-la em secreto. Mas, quando ele pensou nestas coisas, o anjo do Senhor apareceu a ele num sonho, dizendo: José, tu filho de Davi, não temas em tomar para ti Maria como tua esposa: pois o que nela está concebido é do Espírito Santo.
E ela dará a luz a um filho, e tu chamarás seu nome Jesus: pois ele salvará seu povo de seus pecados. Agora tudo isto foi feito para se cumprir o que foi dito pelo Senhor pelo profeta, dizendo, Eis que a virgem estará com a criança, e dará luz a um filho, chamarão o seu nome Emanuel, o que interpretado é, Deus conosco. Então José, sendo levantado do sono fez como o anjo do Senhor lhe tinha ordenado, e toma para si sua esposa; e não a conheceu até que deu à luz a seu filho primogênito: e ele chamou seu nome Jesus. “(Mat. 1:18-25).
Referindo-se ao nascimento virgem de Jesus, Paulo escreveu:
“Vindo a plenitude dos tempos , Deus enviou seu filho, nascido de uma mulher, nascido sob a lei” (Gal. 4:4). A primeira profecia messiânica na Bíblia descreve Jesus como a semente da mulher. Deus dirigiu à serpente: “ Eu porei inimizade entre ti e a mulher e entre tua semente e sua semente, ela ferirá tua cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”(Gen. 3:15). O nascimento miraculoso de Jesus cumpriu a profecia de Isaías: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal; e eis que uma virgem conceberá, e dará luz a um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Isa. 7:14).
Jesus não era o filho de José. Ele “não foi gerado do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. (João 1:13, veja a nota de Bullinger deste verso na Companion Bible). José foi meramente o pai adotivo de nosso Senhor: Mateus 1:2-17 registra a genealogia de José; Lucas 3:23-33, a genealogia de Maria. Ambos José e Maria foram descendentes de Davi. O ancestral de José foi o filho de Davi, Salomão; o ancestral de Maria foi o filho de Davi, Natã . José era o filho de Jacó (Mat. 1:16), enquanto que o genro do pai de Maria, Heli (Lucas 3:23). De acordo com Mateus 1:16, “Jacó gerou José,”, mas José não gerou Jesus. José é descrito como “ o marido de Maria, da qual nasceu Jesus, o qual é chamado Cristo”.
Estudantes da Bíblia tem afirmado que se Jesus fosse o filho de José, Ele estaria excluso de se assentar sobre o trono de Davi e governar sobre a casa de Jacó, pois José é descendente de Jeconias (Mat.1:11).
Jeconias também era conhecido por Jeconias ou Conias. Em relação a ele, Deus disse: “Escrevei que este homem sem filhos, um homem que não prosperará nos seus dias: que nenhum homem da sua semente prosperará, assentando-se sobre o trono de Davi, e reinando mais em Judá” (Jer. 22:30). Este homem foi ancestral de José, mas não de Maria.
IV- NEGAÇÃO DO NASCIMENTO VIRGINAL
Muitos teólogos liberais negam o nascimento virgem de Jesus. Eles crêem na paternidade humana de Jesus ou que Ele é o filho de José. Eles consideram-no meio humano. Um grupo de teólogos explica que muitos versos bíblicos os quais claramente designam Jesus como o filho de Deus dizendo que todos os homens são filhos de Deus; todos os homens são divinos. Um outro grupo explica estes versos afirmando que Jesus é o filho adotivo de Deus. Eles ensinam que Jesus foi o filho de José por nascimento natural e se tornou o filho de Deus por adoção.
Alguns que adotou a teoria da adoção afirmam que Deus adota a Jesus como seu filho, quando Jesus foi batizado no Rio Jordão (Mat. 3:17); enquanto outros, quando Jesus ressuscitou da morte para a imortalidade (Rom. 1:4). Todas estas teorias são mentirosas. Todos os homens não são divinos; Jesus é o único nascido de Deus, Jesus é o filho de Deus por nascimento sobrenatural, não por adoção. Deus proclamou a Jesus como seu filho no seu batismo e transfiguração, e mostrou isto ressuscitando o da morte, no entanto o fato de nosso Salvador ser filho divino se deu pela realidade de seu nascimento.
IV- CONSIDERAÇÕES ÀS OBJEÇÕES DO NASCIMENTO VIRGINAL
1. NEGAÇÃO DOS MILAGRES: A filosofia materialista e teologia liberal nega a realidade dos milagres e o sobrenatural. Assim como outros milagres Bíblicos, a concepção sobrenatural de nosso Senhor é rejeitada por homens que asseguram estas teorias.
2. JESUS MENCIONADO COMO FILHO DE JOSÉ: Alguns negam que Jesus é o unigênito filho de Deus porque Ele é mencionado como filho de José em alguns versos; “Jesus...sendo (como suposto) o filho de José” (Luc. 3:23); “Sua mãe lhe disse, Filho, por que fizeste ter isto conosco? eis que, teu pai e eu o temos procurado preocupadamente”. (Luc. 2:48); “Não é este o filho do carpinteiro?” (Luc. 4:22), “Este não é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos?” (João 6:42); “Nós o temos encontrado, de quem Moisés escreveu na lei e nos profetas, Jesus de Nazaré, o filho de José.” (João 1:45).
O significado da frase “ como era suposto” em Lucas 3:23 é “como considerado por lei” (Bullinger, The Companion Bible). Jesus era o filho de José por adoção ou de acordo com a lei. As frases nos versos acima que figuram uma relação pai-filho entre José e Jesus implica numa responsabilidade legal, mas não uma paternidade natural.
Quando Maria encontrou Jesus no templo em Jerusalém, ela referiu-se a José como seu pai, Ela disse, “Teu pai e eu o temos procurado preocupadamente.” (Luc. 2:48). Isto era legalmente correto. De acordo com a lei, José tinha responsabilidade por Jesus. Na resposta de nosso Senhor é Maria, Ele revelou-se a identidade de seu verdadeiro Pai: “ Não sabiam vós que eu devo cuidar dos assuntos de meu Pai?” (Luc. 2:49).
Os outros versos os quais referem-se a Jesus como filho de José traz palavras ditas pelo povo de Nazaré e outros que desconheciam o miraculoso nascimento de Jesus. A incomum concepção de Jesus não era de público conhecimento entre vizinhos e habitantes tradicionais de Nazaré. “Sua mãe guardou todas estas coisas no seu coração” (Luc. 2:51). Assim era comum que o povo se referisse a Jesus como o filho do carpinteiro.
3. A PALAVRA HEBRAICA ERRADA
O nascimento virgem de Jesus está predito em Isa. 7:14, “Eis, uma virgem conceberá, e dará luz a um filho, e chamará o seu nome Emmanuel” A palavra hebraica traduzida “virgem” neste verso é “almah”. Almah significa uma senhorita ou jovem mulher. A palavra hebraica para virgem no sentido técnico é betulah. Toda betulah era uma almah, mas nem toda almah não era betulah. A almah neste verso, contudo, poderia ter sido uma virgem, mas também poderia ser uma jovem mulher casada.
O uso da palavra hebraica almah em Isa. 7:14 está de acordo com o plano divino pois o texto é de dupla profecia. A profecia foi um sinal para Acaz, se cumpriu em que uma jovem mulher casada teve um filho e outros detalhes da profecia aconteceram (V. 16). Esta profecia também referiu-se ao nascimento virgem de Cristo. Se o hebraico betulah, virgem, fosse utilizado, a profecia teria sentido singular no cumprimento; exemplo, em Maria. O uso da palavra hebraica almah, jovem mulher, tornou possível na profecia estar em referência à Maria bem como à jovem mulher no tempo de Isaías. Maria era ambos virgem e jovem mulher.
A profecia é citada como tendo cumprimento em Mateus 1: 23, onde a palavra grega para “virgem” é parthenos, uma virgem no sentido técnico. Esta palavra corresponde ao hebraico bethulah. O equivalente para almah no Grego é neanis. A Versão Revisada da Bíblia (Revised Standart Version) com precisão confirma a palavra almah “a uma mulher jovem” em Isaias 7; 14 e parthenos, “uma virgem” em Mat. 1: 23.
4. Narrativas do nascimento virginal de Cristo são espúrias. Visto que a Bíblia claramente ensina o nascimento virginal de Jesus, os homens que negam esta verdade se esforçam por eliminar as narrativas do nascimento virginal na Bíblia. Eles defendem que os escritos que se referem ao nascimento virginal são espúrios; eles não são genuínos, eles não são inspirados de Deus. Estes homens afirmam que a narrativa foi inserida na Bíblia séculos depois, de forma a assegurar uma falsa doutrina.
Esta objeção não está fundamentada sobre fatos. Os textos que se referem ao nascimento virginal de Jesus são genuínas partes do Novo Testamento. Estes versos são encontrados nas mais antigas cópias do Novo Testamento que estão em posse do homem. As três mais velhas cópias do Novo Testamento, escritas no quarto e quinto séculos, são o Sinaitc, Vatican e Alexandrian Manuscripts. Todos contém textos os quais fazem referência ao nascimento virginal.
Os homens que viveram durante os séculos entre a vida dos apóstolos e o Concílio de Nicea são conhecidos como os Pais Ante Nicenos. Estes homens escreveram muitas cartas e livros nos quais citavam versos da Bíblia. Os escolares nos contam que estes Pais Ante Nicenos citaram toda a Bíblia de uma forma ou outra. Estes homens creram no nascimento virginal de Cristo e citaram as narrativas do nascimento virginal de Mateus e Lucas, os quais eles reconheceram como parte genuína da Bíblia. O nascimento virginal de Cristo era crido pela Igreja primitiva desde o princípio e está colocada nos mais antigos credos da Cristandade.
5. Argumento do Silêncio. Uma outra objeção contra o nascimento virginal de Cristo é que está registrada em somente dois evangelhos. O resto do Novo Testamento, afirmam os opositores, fazem silêncio sobre isso. Eles dizem que os apóstolos não fazem menção do ensino e nunca pregaram sobre o tema, e Paulo não escreveu sobre isso em suas epístolas.
Esta objeção não é válida para rejeição do nascimento virginal de Cristo. Vários livros do Novo Testamento fazem silêncio à muitas verdades Bíblicas. Os assuntos discutidos são determinados pelo propósito para o qual os livros foram escritos. Os Atos dos Apóstolos não faz referência ao nascimento virginal, mas deve se lembrar que ele foi escrito pelo mesmo homem que anteriormente escreveu o Evangelho de Lucas, onde o nascimento de Cristo é narrado. Algumas parábolas de nosso Senhor estão registradas em apenas um evangelho, mas o silêncio dos outros evangelhos não indicam que estas parábolas nunca foram expressas. Algumas das epístolas de Paulo não fazem menção do batismo ou do serviço de Comunhão, mas este fato não significa que ele não ensinou e praticou estas ordenanças. Uma verdade da Bíblia seria digna de crédito mesmo que fosse mencionada uma única vez na Bíblia. O nascimento virginal de Cristo é mencionado em ambas as narrativas do nascimento do nosso Senhor. Esta verdade era crida pelos apóstolos, e Paulo referiu-se a ela quando ele escreveu: “Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher” (Gálatas 4: 4).
6. Outras Objeções. Outras objeções levantadas contra o nascimento virginal de Cristo incluem: a impossibilidade biológica; o ser mítico na origem; a história foi inventada por Mateus para mostrar o cumprimento da profecia; e existem diferenças entre as narrativas de Mateus e Lucas.
Aquilo que pode ser impossível para o homem é possível para Deus. Partenogênesis, o desenvolvimento de uma célula de um ovo sem a fertilização de uma célula de esperma tem sido observada em algumas plantas e animais. Não há similaridade entre o nascimento de Jesus e o nascimento dos heróis da mitologia pagã. Nenhum dos casuais nascimentos dos heróis da mitologia foi um atual nascimento virginal. Mateus e Lucas não foram influenciados pelos mitos pagãos. Eles não inventaram a história do nascimento de Cristo. Os acontecimentos de Seu nascimento não são contraditórios, e sim complementares. Não há uma só objeção válida contra a verdade que Jesus nasceu de uma virgem, sem um pai humano.
A Humanidade de Cristo
Jesus é o Filho do Homem. Ele possui a verdadeira humanidade. Durante o Seu ministério terrestre, Ele era como todos os homens, exceto em que viveu sem pecado e manteve uma sobrenatural e única relação com Deus. Através da Sua relação vital com a humanidade, Jesus identificou-se com problemas, lamentos e sofrimentos da raça humana. (Hebreus 2: 14- 18.)
Embora Jesus tenha tido uma concepção miraculosa, Ele teve um nascimento humano. (Gálatas 4: 4; Lucas 2: 7; Gênesis 3: 15; Isaias 7: 14; Mateus 1: 1; Romanos 1: 3.) Ele teve uma mãe terrena, mas não um pai terreno. Através de sua mãe, Seus ancestrais provém de Adão. (Lucas 3: 23- 38.) Por ela, Ele é o filho de Abraão e o filho de Davi. Sendo descendente de Abraão, Ele veio para cumprir o concerto com Abraão com Deus. Sendo a semente de Davi, Ele veio para cumprir o concerto de Deus com Davi.
Jesus teve um desenvolvimento humano normal. “E a criança crescia, e desenvolvia força em espírito, cheio de sabedoria, e a graça de Deus estava sobre ele”(Lucas 2: 40). “E Jesus cresceu em sabedoria e estatura, e na graça de Deus e do homem” (Lucas 2: 52).
Jesus tinha a aparência física de um homem. Ele tinha um corpo real (Mateus 26: 12; João 2: 21; Heb. 10: 10; João 1: 14; Colossenses 1: 22; Hebreus 2: 14- 17.) Ele foi feito na semelhança dos homens. (Romanos 8: 3; Filipenses 2: 7.) Antes de Sua ressurreição para a imortalidade, Ele era mortal e sujeito as enfermidades pecaminosas da natureza do homem mortal. Ele teve fome (Mateus 4: 2; 21: 18), sede ( João 19: 28), cansaço (João 4: 6). Ele foi tentado (Mateus 4: 1; Hebreus 2: 18; 4: 15); Ele chorou (João 11: 35); Ele dormiu (Mateus 8: 24); Ele sofreu (Hebreus 2: 9, 18; Isaias 53: 3, 4); Ele morreu (João 19: 30, 33). Quando Jesus morreu, o fôlego de vida deixou o Seu corpo e retornou para Deus que o deu. Ele foi sepultado e permaneceu inconsciente na sepultura até a Sua ressurreição. Depois de Sua ressurreição Ele mostrou a seus discípulos que tinha um corpo material real, literal em imortalidade. (Lucas 24: 39- 43.)
Nosso Senhor foi repetidamente chamado de homem no Novo Testamento. (João 1: 30; 8: 40; Atos 2: 22; 13: 38; Romanos 5: 15; 1 Corintios 15: 21, 47; Filipenses 2: 8.) Como mediador, Ele é “o homem Cristo Jesus” (1Timoteo 2: 5). Ele retornará à terra como homem (Mateus 16: 27, 28; 25: 31; 26: 64), e como homem julgará o mundo em justiça (Atos 17: 31).
O Filho do Homem. A frase mais comum usada por nosso Senhor para designar-se é “o Filho do Homem.” No Velho Testamento, a frase referem-se a humanidade em geral. (Números 23:19; Jó 25:6; 35:8; Salmos 8:4; 80:17; 144: 3; 146:3; Isaias 51: 12; etc.) O título foi usado por cerca de noventa vezes em referência ao profeta Ezequiel. Gabriel uma vez usou o título referindo-se a Daniel. (Daniel 8: 17) O título é aplicado ao Messias em Daniel 7: 13, 14: “E vi nas visões da noite, e eis que um como o Filho do homem vinha nas nuvens do céu, e veio até ao ancião de dias, e eles o trouxeram perante Este. E foi lhe dado domínio, e glória e majestade, para que todo o povo, nação e línguas o servissem, seu domínio é um domínio eterno, o qual não passará, e seu reino é um que não será destruído.”
A frase “Filho do Homem” ocorre oitenta e oito vezes no Novo Testamento, oitenta e quatro vezes nos Evangelhos. Jesus foi a única pessoa a usar esta frase em referência a Si, exceto Estevão (Atos 7: 56), João (Apocalipse 1: 13; 14: 14; João 3: 13), e as pessoas que citaram as palavras de Cristo (João 12: 34). Jesus usou este título para revelar Sua perfeita natureza humana e relação singular com a humanidade em identificando-se como o Messias. Jesus referiu-se a Si como o Filho do Homem em relação a Sua Segunda vinda em pelo menos vinte e cinco vezes nos Evangelhos. Um exemplo: “Quando o Filho do Homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então se assentará no trono de Sua glória.” (Mateus 25: 31). Jesus não é meramente o filho do homem; Ele é o Filho do Homem. O título designa ambos Sua humildade e senhorio. O Filho do Homem é também chamado o Filho de Deus. (Mateus 16: 13- 17.)
A importância da humanidade de Cristo pode ser observada em que Ele está apto a revelar o caráter de Deus para a humanidade, para representar o homem como segundo Adão, e ser o parente Redentor do homem, ser o misericordioso e fiel supremo sacerdote, ser o exemplo e padrão para o seu povo, ser o Cabeça da nova criação, e por assentar-se sobre o trono de Davi.
VI. A Relação Divina de Cristo
Jesus é o unigênito Filho de Deus. (João 1: 14, 18; João 3: 16, 18; 1 João 4: 9.) Ele tem uma relação singular com Deus. Esta é a relação que nenhum outro homem experimentou. A vida de Cristo entre os homens foi uma revelação do caráter de Deus. Ele refletiu a santidade de Deus, o amor e a verdade; Ele mostrou como Deus é. (João 1: 18; 14: 9.) Cristo é uma expressão do ideal de Deus para a humanidade. Ele é a Palavra viva, o corpo da idéia divina. Sua vida imaculada revelou a pecaminosidade do homem. O caráter de Jesus é o padrão moral para a humanidade.
1. O Filho de Deus. A Bíblia claramente ensina que Jesus é o Filho de Deus. Nosso Salvador refere-se a Deus como Seu Pai e a Si como Filho de Deus. Entre as muitas testemunhas que declararam que Jesus é o Filho de Deus estão: Deus (Mateus 3: 17; 17: 5); o próprio Jesus (João 9: 35- 37; 10: 36); Gabriel, o arcanjo (Lucas 1: 32- 35); João Batista (João 1: 34); Natanael (João 1: 49); os discípulos (Mateus 14: 33); Pedro (Mateus 16: 16); Marta ( João 11: 27); o centurião (Mateus 27: 54); João (João 20: 31; 1 João 4: 15); e Paulo (Atos 9: 20; Romanos 1: 4; 2 Corintios 1: 19).
2. Importância de Sua Filiação Divina. A filiação divina de Cristo dá infinito valor à Sua morte sacrificial. Este fato explica a aptidão de Cristo em ser o Substituto para muitos pecadores. Um dolar de prata é menor em número que noventa e nove centavos, no entanto é maior em valor. Jesus é uma única pessoa, mas a Sua morte é de valor maior que a morte de infinito número de pecadores. Como Filho de Deus, Jesus é apto em ser a autoridade de porta voz de Deus e revelar a vontade divina para a humanidade; Ele tem a autoridade para perdoar os pecados, para julgar a humanidade, para levantar os mortos, e para dar vida eterna. Sua filiação divina o intitulo como herdeiro de todas as coisas; ela ‘da a Ele o direito de soberania sobre as nações. A relação singular de nosso Senhor faz dele hábil para servir como Mediador do pecador e Sumo Sacerdote. Ele é intitulado em adoração e louvor.
3. Jesus não é o próprio Deus. Jesus é divino, mas Ele não é Deus. Ele é de Deus, mas não o próprio Deus. Jesus não é Deus. Ele é o Filho de Deus. O Pai e o Filho não são idênticos ou iguais. O Pai viveu antes do Filho; e o Filho recebeu vida do Pai. O Pai é maior do que o Filho.
Os trinitarianos creem que Jesus e Deus são iguais em todos os sentidos. Eles creem que Jesus é uma das três pessoas que constituem um Deus. Eles mantém que existe uma única substância, uma inteligência, e uma vontade na Divindade, mas as três pessoas coexistem eternamente de uma essência e do exercício de uma inteligência e uma vontade.
Os triteístas acreditam que Jesus é um de três Deuses. Eles ensinam que Deus é três em essência, bem como em pessoas. Eles afirmam que há três deuses distintos, unidos em propósito e obras, mas não em essência.
Uma terceira falsa teoria, conhecida como Sabelianismo ou Monarquismo, é a crença que Deus, Jesus e o Espírito são um em essência, bem como em pessoa. Os que creem nesta teoria afirmam que há uma pessoa divina que algumas vezes se manifesta como Pai, algumas vezes como Jesus, e algumas vezes como Espírito. Esta visão nega que Jesus e o Pai sejam personalidades separadas.
Todas as três teorias são falsas. A Bíblia corretamente ensina que há um único Deus, o Pai, que é um em essência e pessoa. Há uma única pessoa que é Deus. A Bíblia ensina que Jesus não é Deus, mas o Filho de Deus. Ele é a pessoa mais exaltada no universo, depois de Deus. Cristo será eternamente sujeito a Seu Pai, o único Supremo Deus. O Espírito Santo é o poder impessoal pelo qual Deus realiza Suas obras.
Para um estudo detalhado de provas que Jesus não é Deus, veja a seção II do capítulo “Contra Trinitarianismo”, que aparece neste livro. Resumidamente nós observaremos estes fatos. Jesus não é Deus porque existe uma única pessoa que é Deus e a Bíblia o identifica como Pai. Jesus é o mediador entre Deus e os homens, e não pode ser o próprio Deus; um mediador deve ser uma terceira parte. Jesus é o Filho de Deus e não pode ser o próprio Deus. Deus é o Deus de Jesus. Jesus reconheceu o Pai como Seu Deus. Ele revelou que não era o próprio Deus quando a Seu Pai orava. A Bíblia figura Jesus sendo inferior a Deus. Jesus declarou: “Meu Pai é maior que Eu” (João 14: 28). Jesus é inferior a Seu Pai em conhecimento, poder e vida. Deus não pode morrer, mas Jesus morreu. As posições divinas de nosso Senhor foram derivadas de Deus. As Escrituras as quais posicionam Jesus como a imagem de Deus referem-se ao caráter de Deus refletido na vida de Cristo. Em poucos registros, Jesus recebe o t;itulo de “Deus”. (João 20: 28; Titus 2: 13; Hebreus 1: 8.) A palavra “Deus” é usada nos versos em sentido secundário para indicar representação de Deus. Em sentido secundário, a palavra “Deus” é também aplicada a Moisés (Exodo 4: 16; 7: 1), juizes humanos (Exodo 21: 6; 22: 8, 9, 28; 1 Samuel 2: 25), anjos (Salmos 97: 7; Hebreus 1: 6), e aos israelitas (Salmos 82: 6, 7; João 10: 34- 36). Jesus é a representação divina de Deus, mas não o próprio Deus.
Como Filho de Deus, nosso Senhor é digno da confiança do homem, da obediência, adoração, e louvor. “Por isso Deus o exaltou soberanamente, e deu a ele um nome que é sobre todo nome: que ao nome de Jesus todo joelho se dobre no céu, na terra, e debaixo da terra; que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus o Pai. “(Filipenses 2: 9- 11).
Gostaria apenas de complementar um detalhe: O NASCIMENTO DE JESUS FOI NATURAL, COMO TODOS OS OUTROS SERES HUMANOS, SUA CONCEPÇÃO SIM, FOI MIRACULOSA, SOBRENATURAL, POIS NÃO TEVE O CONCURSO DE UMA PAI HUMANO. Deus, pelo seu grandioso poder, fez com que Maria gerasse o filho de Deus em seu útero.
ResponderExcluirPaz seja convosco,
Marcelo Valle.
Cita a fonte meu irmão!!
ResponderExcluirJá que o irmão pediu: a fonte é Lucas 1:30-35 e Mateus 1:18-20.
ResponderExcluirNão seria necessário citá-la pois o irmão flávio já colocou em seu estudo e o que fiz foi apenas complementar a informação.
Paz.
Marcelo
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ResponderExcluirGostei muito do estudo parabéns irmão Flavio!!!
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