sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um mandamento que deve ser obedecido pelo povo de Deus

Um mandamento que deve ser obedecido pelo povo de Deus

Uma pergunta que pode nos ser feita por qualquer pessoa sem ter uma resposta satisfatória poderia ser: “Porque as mulheres cristãs da atualidade não cobrem a cabeça para orar, sendo que até pouco tempo atrás todas se cobriam?”. A resposta poderia ser difícil de responder se tomarmos a Palavra de Deus como base.

Em certa ocasião se perguntou a uma mulher adulta, pertencente a uma igreja da cristandade, qual era a razão pela qual em sua igreja as mulheres não se cobriam, ao que ela respondeu algo assim: “na verdade não sei porque não nos cobrimos, antes eu sei que se cobriam, mas depois a igreja deixou de assim pregar”. Com certeza, assim como essa mulher, milhões de mulheres “cristãs” ao redor do mundo desconhecem porque não se cobrem quando oram.

Em outras ocasiões a resposta varia mas geralmente é essa: “O véu para orar foi apenas para as mulheres da igreja de Corinto”, “o véu foi questão cultural própria das pessoas daquela região”, “i véu não é necessário para a cristã moderna”, “o véu foi utilizado por algumas irmãs em Corinto, mas somente enquanto esperavam seus cabelos crescerem”, “em minha igreja não se pratica”, “o pastor me disse que o véu não é necessário”, etc. A resposta varia segundo a pessoa que a responda, contudo, sempre se chega a mesma conclusão: A mulher moderna não cobre a cabeça no momento de orar.

Seguramente todo leitor das Escrituras em mais de uma oportunidade já leu 1Coríntios 11: 1-16, onde o apóstolo Paulo, fazendo uso da autoridade, declara a igreja qual é a atitude correta que o homem e a mulher devem adotar no momento de entrar em comunhão com Deus. Se o leitor não se recorda do que Paulo disse nesses versículos, é recomendável ler, para continuarmos esse estudo.

Principio divino de sujeição

A causa do uso do véu tem seu principio na sujeição da mulher perante o homem, havendo iniciado no Jardim do Éden depois que a mulher tomou a iniciativa de desobedecer a vontade de Deus. A partir disso não somente iniciou-se sua sujeição entrou em vigência, mas também Deus lhe proibiu ter domínio sobre o homem tanto no lar como nas reuniões da igreja. Paulo isso enfatizou em 1Coríntios 14: 34 e 35 e também em 1Timóteo 2: 11-14. O primeiro texto diz: “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja”. E o segundo diz: “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”.

No tempo em que o primeiro casal pecou no Éden ainda não existiam raças nem culturas e nem regiões, por conseguinte não cabe nos dias de hoje dizer que a sujeição da mulher é uma questão de raças, culturas ou regiões. Mas sim essa sujeição deve estender-se como decreto divino não somente para aquele casal mas sim para o gênero humano para todos os tempos. Se temos herdado deles a dor, o pecado, a miséria, etc., então também temos herdado a desigualdade dita acima.

Temos que notar que quando Paulo declara: “como também ordena a lei”, não se refere a Lei de Moisés, mas sim a lei dada por Deus no Éden uns dois mil anos antes do aparecimento da lei mosaica. O texto diz: “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”. [Gênesis 3: 16]

Isso demonstra que o povo de Deus deve tomar muito cuidado em lembrar que essa desigualdade provém do Criador, e se provém Dele então significa que enquanto a diferença entre homem e mulher exista, tal diferença não terá nenhuma variação. Enquanto a raça humana exista as coisas permanecerão sem modificação. Além de que sabemos que Deus não muda.

Seguramente toda pessoa que tenha lido as Escrituras entende que ao ter vindo Cristo morrer pelo pecado da humanidade de nenhuma maneira significou abolição da diferença entre homem e mulher, tampouco significa que a partir de Sua morte redentora ia ser abolida o principio de sujeição da mulher ao homem.

É notório que dentro do Evangelho à mulher foi dada uma posição inteiramente diferente a que a lei de Moises lhe dava, dando-lhe a honra e a estima que em Israel lhe foram negadas, mas mesmo assim isso não significa mudança ao que foi decretado por Deus no Éden. Isso quer dizer que a ordem da sujeição da mulher perante o homem se mantém através dos milênios.

Como evidenciar essa sujeição dentro do evangelho? Da seguinte maneira: “Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos”. [1Coríntios 11: 10]

Ao usar o véu para orar ela evidencia que reconhece o decreto divino de que uma autoridade superior posta por Deus está sobre ela, ao orar com a cabeça coberta demonstra que obedece a vontade divina.

O homem se mantém fiel à obediência

Desconheço o grau de respeito que as igrejas em geral tem perante Deus, porém as que conheço, começando pelas mais antigas até as iniciadas recentemente todas tem profundo respeito por Deus e por Seu filho Jesus Cristo, e isso é evidenciado quando os homens descobrem suas cabeças durante as reuniões. Por enquanto nenhuma tem autorizado ou ordenado aos homens que orem com a cabeça coberta. Por que não fazem isso? Porque sabem que Paulo disse: “Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça”. [1Coríntios 11: 4] Nessa ordem dada por Paulo é demonstrado que a cabeça do homem é Jesus Cristo.

A leitura desse versículo é interessante e serve para fazer uma comparação: se dissermos que o véu para a mulher já não é necessário, imediatamente se diz que tampouco é necessário aos homens descobrir-se no momento de orar a Deus. Parece que aos homens cristãos lhes é improvável aceitar que tem a liberdade de orar com a cabeça coberta, sua consciência lhes adverte que o respeito frente ao divino se evidencia por meio de descobrir-se ao momento de orar. Porque, pois proclamar que o véu para a mulher foi coisa do passado, ou de cultura ou ainda de costume e não dizer que foi questão do passado, de cultura ou de costume que o homem se descubra no momento de orar? Estou certo de que inclusive aqueles homens que proclamam que o véu na mulher não está em uso hoje não se atrevem a orar cobertos. É notório que o apóstolo Paulo menciona o uso do véu para as mulheres e o não uso de véu para o homem. Pela lógica se o uso do véu para as mulheres não é obrigatório tão pouco o descumprimento por parte do homem o seria. Porque se o véu para mulher já não existe então o homem também tem a liberdade de orar com a cabeça coberta, pois se a ordem para a mulher já não está em vigência também não está a para o homem. E se tal coisa já não existe, então a sentença dada por Deus no Éden é coisa a qual não se deve prestar atenção, e se assim é, então Deus é mutável e modifica suas decisões para adequá-la as decisões humanas.

Curiosamente nunca vi homens que pertencem a qualquer denominação “cristã” orar sem tirar o chapéu, gorro ou boné de suas cabeças. Inclusive causa satisfação ver como eles no preciso momento em que entram na capela, templo ou igreja, imediatamente se descobrem, nem esperam até o serviço começar. Porque fazem assim? Será que se descobrem por mero costume? Ou será que sua consciência lhes aponta e reclama sobre isso? Ou será que o sentido comum lhes adverte que permanecer cobertos durante o serviço é uma flagrante falta de respeito ao nosso Salvador?

Qualquer explicação que diga que isso ocorre apenas por causa de ser uma mostra de respeito a Deus carece de sentido. Da mesma forma que qualquer argumento que justifique o não uso do véu pelas mulheres no momento de orar carece de sentido. Não existem argumentos válidos para justificar a desobediência a Deus.

A alternativa para a mulher

Falando a respeito da possibilidade de que alguma mulher desobedeça as instruções, Paulo firmemente manda que se a mulher quando ora ou profetiza não se cobre, que rape o cabelo em sinal de vergonha. “Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu”. [1Coríntios 11: 6]

Estudando em certa ocasião com uma senhora religiosa a esse respeito lhe explicava que Paulo manda a mulher cobrir-se para orar, e que se não se cobre então em sinal de vergonha deve rapar-se a cabeça. Ela então com plena satisfação e com um amplo sorriso de triunfo me disse que para ela não era vergonhoso cortar-se o cabelo, que corta-lo lhe era comodidade e liberdade.

Com abundante tranqüilidade me disse que isso de cobrir-se para orar, ou rapar-se, foi somente uma questão cultural.

Estou seguro de que sua resposta refletia um notório desconhecimento da razão pela qual o apóstolo Paulo ordena a mulher cobrir-se para orar e profetizar (ensinar).

Uma pergunta bastante interessante e necessária para a mulher que decide não cobrir a cabeça seria. Quem ordenou (segundo 1Coríntios 11: 1-16) a mulher portar sinal de autoridade sobre a cabeça no memento de orar ou profetizar? Seguramente o raciocínio a levaria a ver que Deus ordenou. Certamente Paulo é quem fala nesse texto, mas todos entendemos que Deus fala por meio dele. Então, diante de quem é vergonhoso orar descoberta ou rapada, acaso diante da sociedade? Não! Diante de Deus claro. Para Deus a mulher se expõe a vergonha diante Dele quando decide desobedece-lo orando sem cobrir-se ou cortando os cabelos. Não importa quanta consciência sobre este assunto possua a mulher que ora descoberta. Não importa que pense ou creia orar descoberta não é pecado. Não importa se sua igreja ri das mulheres que se cobrem para orar. Não importa se o pastor lhe tenha dito que não se cubra “porque as demais não o fazem”. Não importa crer que o véu foi uma questão cultural do passado. Não importa crer que a vida em Cristo lhe ortoga liberdade para desobedecer, etc.

O que na realidade merece atenção é que orar sem cobrir-se lhe é vergonha diante de Deus. O que importa é ter consciência que quando Paulo fala de raspar-se o cabelo como sinal de desonra, essa desonra é diante de Deus. Qualquer argumento desses os quais com sorriso nos lábios se os diga que no mundo moderno não é vergonhoso raspar os cabelos não tem cabimento.

Diante de Deus não contam as racionalizações humanas. O que conta para Deus é a obediência, nada mais. Se a mulher deseja que Deus a veja com beneplácito, então deve cobrir-se no momento de orar.

O argumento sobre a prostituição

Uma opinião popular (que por certo carece de bases) sustenta que o raspar do couro cabeludo da mulher era somente uma questão de desonra dentro da sociedade pagã de Corinto.

Esse argumento afirma que as únicas que se raspavam eram as mil prostitutas que serviam no templo de Afrodite, as quais para evitar a vergonha ao sair em público pela cidade se cobriam a cabeça. Este argumento imaginário carece totalmente de veracidade, a história diz, que para os corintos era uma honra que Afrodite tivesse mil sacerdotisas prostitutas, inclusive se diz que em Corinto se orava aos deuses para que nunca faltasse esse tipo de servidoras.

Porque, pois como diz o argumento, as prostitutas se cobriam a cabeça para evitar que o público as envergonhassem, se a história diz que o povo orava a seus deuses para que as prostitutas abundassem para o serviço a Afrodite? Porque se era essa uma petição dos corintos a seus deuses, significa que para as prostitutas era um privilegio exercer seu oficio e não uma vergonha. Portanto dizer que as prostitutas se cobriam as cabeças por estarem raspadas para não ser envergonhadas quando saiam pela cidade é inexato.

Outro argumento sem bases

Outro argumento que apóia a idéia das prostitutas cobertas diz que as mulheres mencionadas por Paulo eram cristãs que recém haviam saído da prostituição, e que cobriam as cabeças somente enquanto cresciam seus cabelos para evitar que o público as confundisse com as servidoras de Afrodite. Isso não é nada mais que um argumento imaginário. Tão imaginário que até contradiz ao argumento de que as servidoras de Afrodite eram as que se cobriam quando saiam pela cidade. A pergunta que surge é: Ou eram as servidoras de Afrodite as que se cobriam, ou eram as supostas prostitutas que se haviam convertido ao evangelho e se cobriam durante seus cabelos cresciam?

Qualquer pessoa que pergunte sobre a base que se toma para esse tipo de argumentos sempre obterá respostas vagas, resposta sem nenhuma base histórica e muito menos bíblica, respostas cujo único fim é o de sustentar aberta contradição a vontade de Deus.

A bíblia nem sequer por insinuação deixa entender que o uso do véu era para apenas o tempo em que os cabelos cresciam, mas por outro lado é clara ao afirmar que é para que as mulheres se apresentem em oração diante de Deus.

A verdade contradita por argumentos

Ao amável leitor lhe é sumamente necessário colocar toda a sua atenção no seguinte: Observe como os dois imaginários costumes estão ligados mentalmente ao sagrado dever da mulher cristã de cobrir-se no momento de orar ou profetizar. Estou plenamente seguro que a pessoa que forjou tais argumentos não pensou nas palavras do apóstolo Paulo. Paulo fala exclusivamente de cobrir-se a cabeça para orar ou profetizar, não para evitar serem confundidas ao transitar por lugares públicos. Não importa quão comprido ou quão curto seja o cabelo da mulher, o que importa é que se vai orar primeiramente deve cobrir a cabeça.

Qualquer argumento desses contradiz o fundo de obediência sobre o qual o apóstolo está falando. Paulo claramente disse que a mulher deve ter sinal de poder sobre a sua cabeça porque essa é a vontade divina, não do povo de Corinto. Sem dúvida o argumento para anular o uso do véu pela mulher cristã é estranho, sem fundamentos e tende a deturpar as Sagradas Escrituras.

Se Paulo houvesse tido cuidado das criticas dos pagãos em lugar do que Deus disse então todo o conteúdo de sua mensagem como servo de Deus viria a ser posta em dúvida. Os filhos de Deus devem por máxima atenção a obediência do que está na Palavra de Deus. Contraria-la não só leva a pessoa à desobediência como a faz cair no ateísmo. O ateísmo não só é a negação de Deus, mas também a negação de Sua Palavra e implica na oposição da vontade divina. Contrariar a Palavra não leva a pessoa só à heresia, pois além de cair em desobediência acaba se opondo a palavra e à sua rejeição.

Juntar um costume pagão imaginário com o sagrado dever da mulher de cobrir-se no momento de orar é uma séria contradição que urgentemente deve ser abandonada se é que se que se quer obedecer a Palavra de Deus.

Imaginar-se argumentos para contradizer o que Deus determinou no Éden é perigosíssimo. Quem inventou o argumento para desobedecer a Deus não somente caiu no erro de modificar a Palavra de Deus, mas também fez com que milhares de mulheres “cristãs” ao redor do mundo tenham que se apresentar um dia diante do tribunal de Cristo para responder por sua desobediência, mas lamentavelmente para essas será tarde demais.

Prestando atenção à Palavra

Por acaso é difícil de entender 1Coríntios 11: 5? “Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada”. [1Coríntios 11: 5]

Observe cuidadosamente isso: Por acaso o texto não é extremamente claro em dizer que a mulher embora tendo cabelo deve cobrir sua cabeça com um véu? Entendeu o que digo? Observe que ao dizer Paulo: “porque é como se estivesse rapada” claramente está dizendo que ela tem cabelo, e que o não cobri-lo equivale a telo cortado? Ou por acaso o texto diz que a mulher já o tinha raspado e por tal razão deve cobrir-se? O texto é claro ao dar a entender que a mulher tem cabelo, o qual deve raspar se não quer cobrir-se para orar ou profetizar.

De onde então saiu a idéia de umas mulheres coríntias convertidas ao cristianismo deviam cobrir a cabeça careca até que o cabelo crescesse?

A falta de conhecimento é perigosa

Em certa ocasião um pastor de fala inglesa, com sorriso em seus lábios disse a uma irmã hispânica que orava com a cabeça coberta: “Porque te cobres para orar? As únicas mulheres que se cobriam para orar eram as prostitutas”. Segundo parece esse pastor foi ensinado que se uma mulher ora com a cabeça coberta acaba sendo contada como prostituta. Obviamente esse homem é fiel a política de sua igreja, porém infiel a Palavra de Deus. Seguramente ele nunca examinou cuidadosamente 1Coríntios 11: 5 e 6, apenas repete o que outros lhe tem dito, ou apenas repete o que de outros tem escutado. Para ele o importante é colocar atenção ao que a sua igreja ensina, a Palavra é o que menos importa.

O significado de cortasse o cabelo

Em 1Coríntios 11: 14 e 15 Paulo diz que a natureza mesma (ou seja, o conhecimento que Deus tem colocado no homem) ensina que para o homem é desonroso deixar os cabelos crescerem. Deve-se pensar por um momento se as palavras de Paulo não são criadas pelo seu próprio ponto de vista ou se é Deus quem fala por ele. Porque se ele disse isso por puro achismo ou capricho, somente para fazer valer a sua autoridade, para que os demais façam o que ele deseja, então devemos revisar tudo o que ele disse em suas epistolas. Porém se se entende que Deus que Deus fala por ele então devemos prestar-lhe atenção.

Se ele disse que para o homem é desonroso deixar os cabelos crescerem então essa desonra é perante Deus. O homem de cabelos longos desonra a Cristo e se desonra a si mesmo perante Deus. Do mesmo modo a mulher com cabelo curto desonra ao homem e se desonra a si mesma diante de Deus. Por isso que Paulo fala disso no mesmo capítulo (1Coríntios 11: 3).

Cortar os cabelos (mantê-los curtos) vem a ser algo assim como reclamar para si a Deus igualdade entre ela e o homem. Cortar os cabelos equivale a discutir com Deus argumentando inocência do erro cometido no Éden. Cortar os cabelos equivale a colocar-se em frente de Deus para contradizer a sentença que ditou quando ela comeu do fruto proibido. Não importa quão moderna seja a sociedade atual. Não importa quantos argumentos se anteponham para justificar o não uso do véu. Se como cristãos cremos que a Deus temos que obedecer nos afastando qualquer argumento nosso, então o uso do véu deve ser uma mostra de obediência.

Mesmo que modernamente falando ninguém preste atenção que para Deus é desonesto que a mulher use cabelos curtos, de modo algum significa compromisso divino aceitar nossos pontos de vista ou nossas desculpas. Mesmo que a sociedade moderna não olhe como falta diante de Deus o cabelo curto para mulher, isso não significa que Deus apóie a sociedade.

Outra razão pouco tomada em conta

Paulo disse: “Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos”. [1Coríntios 11: 10].

Esta razão não é diferente nem contrária a razão básica pela qual ele afirma o uso do véu, ao contrário, serve de total apoio.

Acaso não são os anjos os mensageiros de Deus? Acaso não é Deus quem fala por intermédio de Seus anjos? Não é verdade que se apresentar um anjo perante os homens equivale ao próprio Deus se apresentar? Portanto, ao dizer Paulo que a mulher deve ter sinal de autoridade sobre sua cabeça “por causa dos anjos”, está dizendo-o porque eles são os portadores da presença divina.

A Escritura diz que “O anjo de Jeová acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. [Salmo 34: 7}, também diz que Deus “... aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”. [Salmo 91: 11]. Isto indica que Deus por meio de seus anjos cuida de todos os Seus filhos, e também claramente diz que os anjos estão ao lado da mulher quando ora. Sendo eles os portadores da presença divina, por isso então necessário que a mulher cubra sua cabeça quando ora. Deve a mulher cristã orar a Deus? Sim deve orar. Deve a mulher cristã obedecer a vontade de Deus? Sim deve obedecer. Deve a mulher cristã cobrir-se para orar? Sim deve cobrir-se.

Duas palavras diferentes servem de tropeço

Provavelmente poucas pessoas saibam que em 1Coríntios 11: 1-16 o apóstolo Paulo usa duas palavras diferentes para referir-se ao véu: “Kaluma” e “Peribolaion”, e com certeza as utilizou com um propósito inteiramente definido, não as escreveu para confundir a seus leitores, mas para deixar claro o que lhes quis dizer, as escreveu para especificar que estava falando de dois tipos diferentes de véu e não de um só. Paulo usa a palavra “Kaluma” nos seguintes versículos seguintes: “4 Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. 5 Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 6 Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. 7 O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. 13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?”.

Em todos esses cinco versículos Paulo usa a palavra “Kaluma” e a usa para referir-se ao véu para orar. A outra palavra “Peribolaion” a usa uma vez no versículo 15: “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar do manto”. Esse tipo de manto não é o véu, mas sim parte da vestimenta feminina.

Devido que nossa língua não é a grega existem algumas coisas a lamentar concernentes a tradução da palavra de Deus, entre elas as seguintes:

O que nós lemos são versões. Os entendidos em escrita sabem que uma versão em nenhum momento pode ser tida como uma tradução fiel e exata, simplesmente porque isso é virtualmente impossível. Tanto os profissionais em tradução como aqueles que tem o conhecimento de dois ou mais idiomas entendem que ao traduzir um escrito de uma língua para outra surgem muitas e grandes dificuldades. Mas os entendidos em traduções bíblicas sustentam que em muitas ocasiões surgem problemas de tradução, principalmente porque é impossível traduzir literalmente algo que em uma língua é correto e claro, mas que em outra carece de sentido porque essa outra língua não possui palavras equivalentes para que a idéia seja o mais fiel possível.

Em muitos aspectos a língua grega é mais ampla que a nossa, por exemplo, nós utilizamos a palavra amor para identificar um tipo de sentimento especial, porém a usamos de forma geral: amor entre irmãos, amor entre esposos, amor de pai para filho, amor entre amigos, etc. Nossa língua carece de amplitude, a língua grega pelo contrário é verdadeiramente ampla, nela encontramos quatro modos de expressar o amor: Ágape, Filia, Eros e Storyi.

O mesmo ocorre com a palavra véu. Em nossa língua usamos a mesma palavra para referirmos ao véu do templo, ao véu para cobrir o rosto, ao véu para cobrir a cabeça na ora de orar, ao véu (manto ou mantilha) que é parte da vestimenta cotidiana feminina nos paises do Oriente Médio e ao verbo velar. Contudo apesar de estarmos utilizando a mesma palavra isso não significa que estejamos nos referindo a uma mesma coisa. Isso é exatamente o que acontece com nossas versões da Bíblia, porque o apóstolo mencionou dois tipos de véu. Mas nossa língua (o autor escreveu em espanhol, algumas traduções para o português já trazem essa diferença, sendo no versículo 15 utilizada a palavra Manto em outras, mantilha – observe a versão NVI em português) só possui uma palavra: velo. Poderemos identificar esses dois tipos de véu lendo o texto grego como veremos mais adiante.

Parece que atualmente torna-se difícil para os eruditos delinear a diferença existente entre “Kaluma” e “Peribolaion” e parece que alguns Comentários da Bíblia, de boa reputação colocam por necessário o uso do véu para orar, mas parece que não encontram uma definição específica para os dois tipos de véu.

Claro que isso acontece devido a vários fatores negativos entre os quais estão: 1- O entendimento das palavras no tempo em que Paulo as escreveu não é o mesmo de nosso tempo. Todos sabemos que o entendimento das palavras varia a medida que o tempo avança.

2- Paulo escreveu já a quase dois mil anos.

3- Paulo escreveu a gente cuja língua nativa era o grego daquele tempo.

Disso da para entendermos que tanto os tradutores da Bíblia como os comentaristas tenham dificuldades nas traduções. E é por isso mesmo que temos a necessidade de que o espírito santo nos ajude a entender a vontade de Deus.

O cabelo substituindo ao véu (manto ou mantilha) merece consideração mais acurada. Recorde-se do que diz o versículo 15: “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”.

O argumento que contradiz o uso do véu para a mulher utiliza esse versículo como a base chave para sustentar sua posição, o qual é incorreto, porque no versículo 15 o apóstolo não menciona “Kaluma” mas sim “Peribolaion”. Se ele dissesse que o cabelo fora dado a mulher em lugar de “Kaluma” então existiria razão para dizer que o véu para orar já não está vigente. Além de que o homem estaria em sérios apertos, posto que a ele também nascem cabelos.

Obviamente Paulo está falando claramente aos corintos, ele sabia que os que receberam a carta entenderiam que havia diferença entre “Kaluma” e “Peribolaion”. Que nós dois mil anos depois não entendamos a situação é outra coisa.

Versículos que diferenciam os véus

Apesar de não existirem muitos versículos nos quais vermos vários exemplos, 2Coríntios 3: 13 diz: “E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório”. O texto grego especificamente diz que Moisés usou um “Kaluma” para cobrir o rosto. Temos que observar que Moisés unicamente cobriu seu rosto, ele não cobriu o corpo todo, portanto tem sentido entender que a peça de tecido que usou foi de tamanho menor, similar ao véu usado pelas mulheres para orar.

Que “Kaluma” é uma peça menor de tecido é apoiado pelo dicionário Grego-Espanhol do eminente filólogo Florêncio I. Sebatian Yarsa. Ele disse: “Katakaluma”. Cobrir ou ocultar completamente, envolver. Velarse, cobrir-se(a cabeça)...”“.

Esse mesmo apoio utiliza o Comentário Explicativo e Exegético da Bíblia escrito por Jamiessom Fausset e Brown, que diz: “11: 10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos”. Deve usar um paninho: em francês “couvrechef”, paninho sobre a cabeça, o emblema da potestade sobre sua cabeça...”

Talvez seja importante deixar claro que este dicionário e esse comentário da Bíblia não são os únicos que fazem este tipo de declaração, abundante é a literatura que declara o mesmo.

Agora observemos de que maneira a palavra “Peribolaion” é usada dentro das Escrituras: “E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão”. [Hebreus 1: 12]. Nas nossas versões lemos manto, no texto grego aparece a palavra “Peribolaion”. Outras versões usam a palavra mantilha.

Porque em umas versões aparece a palavra vestimenta e em outras manto? Pelo motivo de que o “Peibolaion” é um manto que faz parte da vestimenta cotidiana feminina no Oriente Médio, por isso tanto manto como vestimenta equivalem ao “Peribolaion”. Como se pode ver existe diferença entre “Kaluma” e Peribolaion”, o Novo Testamento a demonstra. Com base nisso podemos voltar a observar 1Coríntios 11: 1-16 e entender que quando Paulo usa ambas as palavras, não o faz como que usando sinônimos, nem com o propósito de confundir as pessoas a quem escreveu a carta. Mas sim, que ele usou palavras que tem diferentes significados, porque seu propósito era o de deixar claro que um é o véu que se utiliza ao orar e o outro o manto ou mantilha que faz parte da vestimenta feminina.

O argumento cultural

Com certeza muitas pessoas da atualidade rejeitam o uso do véu baseando-se no que poderia denominar como “argumento cultural”, porém parece que rejeitar obedecer a Deus dizendo que o véu foi coisa da cultura do passado mais parece desculpa para apoiar a desobediência.

Pelo que se pode entender, esse argumento cultural surge da má interpretação que se faz da Palavra de Deus. O apoio ao argumento cultural é uma desculpa a falta de escrutar as Escrituras.

É necessário entender que os assuntos culturais são de pouca valia para o que é a universalidade do Evangelho, pois a reverencia e respeito a Deus não pertencem a nenhuma cultura. Estes dois fatores estão claramente separados por Paulo quando usa duas palavras diferentes para referir-se ao que é véu (Kaluma) para orar, e o que é manto, mantilha e em algumas versões véu (Peribolaion) que é parte da vestimenta feminina em algumas regiões do mundo.

O uso do véu para orar não é uma questão cultural. A obediência a Deus e a sujeição da humanidade não é algo cultural nem regional.

A sentença de sujeição da mulher ao homem não é questão cultural, mas sim uma ordem universal da parte de Deus. A declaração hierárquica que Paulo faz: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”. [1Coríntios 11: 3] não é questão cultural.

Quando Paulo diz que o homem não deve cobrir a cabeça para orar porque é feito a imagem de Deus, e que a mulher deve cobrir-se para orar porque é a glória do homem (1Coríntios 11: 7), não está dando a entender que é questão cultural.

Todos estes aspectos são de índole universal e transcendem a todos os tempos, transcendem a todas as culturas, a todas raças e a todas as categorias. Se é validada a ordem hierárquica que Paulo coloca em 1Coríntios 11: 3, então é necessário validar o uso do véu para orar.

Por tanto não cabe dizer que o véu para orar foi coisa de cultura, mas se deve dizer que é parte inerente da mensagem evangélica para a humanidade de todos os tempos, Paulo é totalmente especifico nisso, documentando com fatos reais as razões pelas quais ordena a mulher cobrir-se para orar. Se modernamente se decidiu mudar as coisas, isso em nada afeta a Palavra de Deus.

Agora quando se vê a Paulo invalidando o uso do “Peribolaion”, declarando que em lugar disso à mulher lhe tem sido dado o cabelo comprido, lhe vemos combatendo um costume, um costume que diz respeito ao Oriente Médio, semelhante costume não foi ordenado por Deus. Deus nunca disse que a mulher devia cobrir a cabeça todo o tempo.

Inclusive na atualidade nos paises árabes (mais que em outros) consideram o “Peribolaion” como sinal de respeito e honra. Sendo que esse véu não somente cobre a cabeça mas também o rosto, deixando muitas vezes descobertos somente os olhos. Isso é uma questão cultural! Nenhuma mulher ao redor do mundo está obrigada a sujeitar-se a isso. Se para aquelas regiões o “Peribolaion” é sinal de respeito e honra, para Deus o respeito e honra são evidenciados pelo cabelo comprido.

Assim sendo, o “Kaluma” (véu) é uma obrigação universal para a mulher que ora a Deus, e transcende a todos os tempos, a toda cultura e a toda posição social. O “Perobolaion” sim é coisa cultural, não uma obrigação para adorar a Deus.

Em conseqüência dizer que o véu para orar foi coisa de cultura é não ter o correto entendimento da vontade de Deus.

Pecado ou não pecado

Algumas vezes me perguntam a respeito de que se uma mulher não se cobre para orar se ela está condenada ou se vai obter a salvação. Pessoalmente não posso dizer que, sim uma mulher que não se cobre está condenada, prefiro que seja o leitor quem tome a palavra e determine a realidade.

De Paulo recebemos a sentença seguinte:

Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão”. [1Coríntios 15: 2]

Que significado pode atribuir-se a frase: “se não é que crestes em vão”? Equivale isso a dizer que se uma pessoa apesar de desobedecer pode ser salva? É isso que lhe passa essa passagem?

Obviamente que não, qualquer um que as leia imediatamente entende que são uma advertência àqueles que se dizendo ser filhos de Deus vivem em desobediência.

Pessoalmente entendo que se uma pessoa diz ser cristã, mas vive em desobediência a vontade divina está perdendo seu tempo, sua crença é em vão, de nada lhe serve, não a qualifica para obter a salvação.

Não é por acaso que Paulo está isso aos mesmos coríntios aos quais lhes esta deixando claro que a mulher deve cobrir a cabeça para orar? Leia outra vez o texto e observe que ele lhes disse que se reterem (ou seja obedecerem e porem em pratica) as palavras que lhes tem falado (incluindo o uso do véu e o modo de tomar a ceia do Senhor, etc.) serão salvos, do contrário teriam crido em vão.

Não seria o mesmo caso também na atualidade, se desobedecem a suas palavras, por tal muitos estarão crendo em vão?

Do escritor de Hebreus – o qual não descarto a possibilidade de ter sido Paulo -, também temos recebido a advertência seguinte: “Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? [Hebreus 2: 1-4]

Poderão argumentar que nessa passagem não se faz referencia ao uso do véu, mas sim a outros aspectos relacionados à desobediência de todos aqueles elementos ensinados pelos apóstolos concernentes a salvação. Mas... Poderá-se argumentar que estes versículos nada tem a ver com o relacionado ao uso do véu?

Respeito a tais perguntas tem duas respostas. Uma é, sim, se pode argumentar com força que este texto não fala da salvação por cobrir-se a cabeça. A outra é, não, não se pode argumentar, pois a resposta depende do modo como se entenda o plano de salvação.

Se cremos que a salvação depende exclusivamente de crer em Jesus Cristo como único Salvador, e assim eliminamos seus ensinos e de seus apóstolos, então o conceito a respeito da salvação não está corretamente fixado em nossa mente, simplesmente porque dentro do Novo Testamento existem elementos que se não são cumpridos a salvação não pode ser alcançada.

Pode alguém contradizer a Paulo com respeito ao fato de que as pessoas ciumentas não herdariam o reino? Pode alguém contradizer-lhe no sentido de que os apóstatas, os dissolutos, etc. não herdarão o reino? Pode alguém contradizer-lhe de que aqueles que praticam a inimizade não herdarão o reino?

Leia Gálatas 5: 21 e notará que a prática dos frutos da carne trazem condenação.

Todos estes aspectos e muitos mais que a cada momento lemos da parte de Paulo não foram pronunciados por nosso salvador. A pergunta que surge é: Porque não foram mandamentos dados por Jesus Cristo não tem validade? Claro que tem! Não por gosto é que Paulo declara que aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino.

Dessa mesma maneira acontece com o uso do véu, não está registrado como mandamento de nosso Senhor, mas sim de Paulo, que igualmente falou dos frutos da carne, também declarou o uso do véu como mandamento a obedecer.

Lembre-se que Paulo falava pela autoridade do espírito santo. Se falou a respeito do véu, então se conclui que foi nosso Senhor quem falou por meio dele. Certo? Ou se acreditará que algumas coisas falou por inspiração divina e outras as disse por vontade própria?

Dependendo da ocasião alguns configuram o que para um é pecado e o que não considera pecado. Um vem e estabelece o que considera pecado mortal e pecado não mortal, o que considera pecado grande e pecado pequeno, o que considera pecado sem importância e pecado notório, etc. Contudo não importa que um considere que uma falta não é um pecado se em verdade é. O que a escritura diz é que toda desobediência tem sua justa paga.

Resumindo, a mulher deve cobrir sua cabeça para orar se é que em verdade quer obedecer a vontade de Deus.

Fim

ANDRÉS MENJÍVAR – igreja de Deus em Canadá

terça-feira, 19 de abril de 2011

A "QUASE" VITÓRIA PROTESTANTE SOBRE ROMA

A "QUASE" VITÓRIA PROTESTANTE SOBRE ROMA
Por Frank M. Walker ( Ministro já falecido da Igreja de Deus do sétimo dia - EUA - Meridian-IDAHO)
Traduzido e Adaptado por Sha'ul Bentsion

INTRODUÇÃO

"E você conhecerá a verdade e a verdade te libertará." (João 8:38)
"Meu povo é destruído por falta de conhecimento… Porque você esqueceu a Torah do Seu Elohim, Eu também esquecerei os seus filhos." (Oséias 4:6)
"… aqueles que observam os mandamentos de Elohim e têm a fé de Yeshua." (Apocalipse 14:12)
Muitas vezes na Bíblia, vemos que em determinados momentos o povo de Israel tinha tudo para alcançar uma grande vitória. Porém, por causa de uma desobediência, acabavam sofrendo grandes derrotas.
Infelizmente, a história se repete e muitos nem se dão conta. A Reforma Protestante quase resgatou toda a Igreja Romana das trevas, se não fosse por uma pequena teimosia em desobedecer ao Deus Eterno…
O PAPEL DO SÁBADO
Parece que a grande maioria dos cristãos não percebe a grande importância que o Sábado de YHWH teve na história da igreja. Por exemplo, qual foi o papel do Sábado na Reforma Protestante? Os reformadores
pagaram um preço terrível por rejeitarem o Sábado e por rejeitarem-no como um artigo de revolta contra a Igreja Católica. Eles claramente rejeitaram o descanso do Sábado das Escrituras. Eles alegaram seguir somente a palavra escrita (que hoje nos chamamos de Bíblia) e rejeitar as tradições da Igreja (o domingo é uma tradição da Igreja Romana que não tem uma palavra sequer de autoridade divina)
Martinho Lutero não era o voraz advogado da verdade que muitos supõe. Ele é altamente aclamado por alegar que só seguia as Escrituras. Ele disse que tinha descartado TODA a tradição. Ele e os (ditos) reformadores foram confrontados no final do Concílio de Trento pelo Arcebispo de Reggio. O Arcebispo em questão disse que todas as alegações de Lutero sobre descartar a tradição permaneciam falsos uma vez que eles mantiveram o domingo. Esta rejeição do Sábado também era uma tradição instituída pela Igreja Católica.
Esta mudança do dia de adoração não é encontrada em lugar algum nas Escrituras.

A VERDADE SOBRE O SÁBADO É APRESENTADA, MAS REJEITADA POR LUTERO

É quase que desconhecido na literatura cristã o nome de Andreas Rudoph B. Carlstadt, o grande apóstolo do Sábado. Ele nasceu em Carlstadt, Bavaria, em 1480 e morreu em Basel, Suíça, no dia 25 de dezembro de 1541, com 61 anos. Carlstadt era um amigo pessoal e colega de trabalho de Martinho Lutero mas o opunha fortemente na questão do Sábado. Carlstadt observava o Sábado e ensinava a sua observância.
O curioso é que o próprio Lutero afirmava que Carlstadt era mais entendido do que ele em teologia (A História de Fifield, livro de referência dez, página 315).
A rejeição ao Sábado no Concílio de Trento aleijou de uma só vez o avanço da Reforma. Isto será cobrado por Elohim no Dia do Julgamento, uma vez que se não fosse isto, Roma poderia ter descartado toda a sua tradição pagã e a Igreja Católica tal qual a conhecemos hoje não seria uma igreja apóstata.

O IDEAL DA FÉ PROTESTANTE

Neste ponto, vamos fazer referência ao eminente Dr. Dowling. No livro dois, capítulo um, de
`História do Romanismo', ele diz "A Bíblia, e somente a Bíblia, é a religião dos Protestantes." E "… não importa a um genuíno protestante o quão cedo na história uma doutrina se originou caso não seja encontrada na Bíblia… " Portanto se uma doutrina é proposta para aceitação dele, ele pergunta "Isto se encontra na palavra inspirada? Foi ensinado pelo Senhor Yeshua HaMashiach ou pelos Seus Apóstolos?" Não importava a
ele se havia sido encontrada nos empoeirados escritos de um visionário do terceiro ou quarto séculos ou se havia emergido da imaginação fértil de um visionário moderno do século dezenove. Se não fosse encontrada nas sagradas Escrituras não era uma alegação válida a ser recebida como artigo em seu credo religioso.
Aquele que recebe uma única doutrina sequer, meramente pela autoridade da tradição, ao fazer isto deixa de ser Protestante e cruza a linha que separa o Protestantismo do Papado e tira qualquer razão pela qual ele não possa receber todas as doutrinas e cerimônias antigas do Romanismo.

LUTERO E CARLSTADT

Mais uma vez, o historiador italiano Gavassi diz "Uma enchente pagã fluiu dentro da igreja
carregando consigo costumes, práticas, e ídolos" (Palestras de Gavazzi, página 290)
Para citar outra autoridade, o Dr. White, Bispo de Ely "A observância do Sábado estava sendo
reavivada na época de Lutero por Carlstadt" (Tratado do Sábado, página 8. E do livro A Vida de Lutero, de Sears, página 402: "Carlstadt acreditava na autoridade divina que havia no Sábado do Antigo Testamento."
De fato Lutero disse (em seu livro `Contra os Profetas Celestiais'): "Realmente, se Carlstadt
escrevesse mais sobre o Sábado, o domingo teria que dar lugar, e o Sábado – isto é, o sábado – deveria ser guardado."
Carlstadt disse: "A respeito das cerimônias da Igreja, todas aquelas que não tem base na Bíblia
devem ser rejeitadas."
Lutero já disse o contrário "Tudo aquilo que não é contra a Escritura é a favor dela."
"De jeito nenhum" disse Carlstadt. "Nós estamos sujeitos à Bíblia, e ninguém pode decidir com base nos desejos do próprio coração" (A Vida de Lutero, de Sears, páginas 401 e 402)
"Não se pode negar que em muitos aspectos Carlstadt estava mais adiantado que Lutero, e sem dúvida alguma a Reforma deve a ele muita coisa boa pela qual ele não recebe crédito" (A Enciclopédia de McClintok e Strong, volume 2, página 123). As referências do próximo parágrafo foram extraídas do livro História do Sábado, de Andrews. Veja a terceira edição, de 1887: "Do ensinamento Católico (Romano) de justificação por obras de penitência, etc., Lutero foi ao extremo oposto da justificação sem obras. Esta idéia o fez negar que a Epístola de Tiago fosse inspirada, pois Tiago disse "A fé, sem obras, é morta, estando sozinha." Esta atitude é similar à que fez com que Lutero descartasse o verdadeiro Sábado."
Leia o que Draper diz: "Próximo ao final da vida de Lutero, parecia que a única perspectiva para o poder do papado era a ruína total. Porém atualmente, em 1930, de trezentos milhões de cristãos, mais da metade jura fidelidade à Roma… Quase que por mágica a Reforma parou de avançar. Roma não só conseguiu pôr em cheque a sua proliferação como também reobteve uma boa porção daquilo que havia perdido" (Desenvolvimento Intelectual, volume 2, página 216)

PROTESTANTISMO PERTO DA VITÓRIA, MAS DERROTADO POR ROMA, POR QUÊ?

Mas o que causou esta grande derrota para o Protestantismo. Se analisarmos o Concílio de Trento (realizado no noroeste da Itália, e que durou de 1545 a 1563 DC). Podemos ver o que disse outro escritor famoso, G.E. Fifield, DD, em seu tratado incomparável "A Origem do Domingo como uma Festa Cristã (?)"
(Publicada pela Sociedade Americana do Tratado Sabatista). Para citar o Dr. Fifield: "No Concílio de Trento, convocado pela Igreja Romana para lidar com as questões levantadas pela Reforma, ficou primeiramente aparente a possibilidade de que o Concílio seria a favor das doutrinas reformistas ao invés de contra às mesmas, tão profunda foi a impressão causada até tal ponto pelos ensinamentos de Lutero e de outros reformadores."
O representante do Papa chegou a escrever a ele dizendo que havia uma "forte tendência a deixar a tradição de lado, e tornar as Escrituras o único padrão de apelo." A questão foi debatida diariamente, e ficou aguardando o seu desenrolar. Finalmente, o Arcebispo de Reggio virou o Concílio contra a Reforma através do seguinte argumento: “Os Protestantes alegam se embasarem apenas na palavra escrita; eles professam ter como padrão de fé apenas as Escrituras”. Eles justificam sua revolta com a petição de que a Igreja se tornou apóstata da palavra escrita e segue tradições. Só que a alegação Protestante de que eles se baseiam apenas na palavra escrita não é verdadeira."

POR QUE A ALEGAÇÃO DE LUTERO NÃO ERA VERDADEIRA?

O Arcebispo continuou: "A profissão deles de se aterem às Escrituras somente como base de fé é falsa. A prova: A palavra escrita determina de forma explícita a observância do Sábado. Eles não observam o Sábado, mas o rejeitam. Se eles realmente se ativessem somente às Escrituras como padrão, eles estariam observando o Sábado conforme é determinado ao longo das Escrituras. Porém eles não só rejeitam a observância do Sábado como determinado pela palavra escrita, mas também adotaram, e praticam, a
observância do domingo, para o qual eles têm apenas a tradição da Igreja (Católica)."
O Arcebispo disse ainda: "Consequentemente, a alegação de que as Escrituras sozinhas são o padrão é falha e a doutrina de que `As Escrituras e a tradição são essenciais' é estabelecida de forma plena, sendo os juízes disto os próprios Protestantes." Veja As Procedências do Concílio de Trento, confissão de Augsburg e o artigo na Enciclopédia Britannica `Trento, Concílio de'. Com este argumento do Arcebisto de Reggio, o lado que defendia ter somente as Escrituras se rendeu, e o Concílio de uma só vez e de forma UNÂNIME condenou o Protestantismo e a Reforma inteira. E prossegui emitindo decretos visando deter o seu progresso.

OS RESULTADOS DA REFORMA

E quais foram os resultados da Reforma? Vamos ouvir o que Myers tem a dizer: "O resultado da revolta, a grosso modo, foi a separação da Igreja Católica Romana das nações do Norte, isto é, da parte norte da Alemanha, parte da Suíça e da Holanda, e da Dinamarca, Noruega, Suécia, Inglaterra e Escócia. As nações latinas, Itália, Franca e Espanha, além da Irlanda céltica, permaneceram aderidas à velha Igrejas." Os resultados espirituais da revolta de acordo com o mesmo autor: "De um ponto de vista espiritual ou religioso, metade da Cristandade Ocidental foi perdida pela Igreja Católica"
Disto vemos que a Igreja Romana, atacada pelos Reformadores, quase sofreu sua derrota total. Mas se recuperou! Os reformadores haviam dado um golpe mortal no Papado. Infelizmente, os próprios reformadores cicatrizaram esta ferida ao ignorarem a Palavra do Deus Eterno e se aterem ao domingo, o Dia de Roma, e a outra tradições papais. Eles rejeitaram o Sábado das Escrituras --Compilado de um tratado de Raymond Clark, DD
Conclusão: "Saia dela, meu povo… " – Apocalipse 18:4-8
Neste últimos dias, o Deus Eterno tem dado o solene aviso de nos livrarmos das tradições que grande parte dos primeiros líderes protestantes carregaram da Igreja Católica Romana. A tentativa de mudar o mandamento do Sábado (Êxodo 20:8-11) é apenas parte da lista. A tradição é adorar em vão. Vide Marcos 7:6-13. A obediência é crucial em nosso relacionamento com o Deus Deus Eterno.


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quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Igreja segundo a Biblia

I. Definição de Igreja

A igreja é o corpo coletivo dos Cristãos. Ela se refere ao grupo de crentes que tem sido servido das dádivas de salvação de Deus e tem estabelecido um relacionamento apropriado com Cristo. Aquele que entrou em Cristo mediante a conversão se tornou um membro da Igreja, o corpo de Cristo. Pessoas que constituem a Igreja não são mais Judeus ou gentios, eles são o novo povo de Deus. Eles sustentam uma relação especial com Deus e foram chamados para um propósito divino específico. Se tornar membro desta assembléia divina é gozar do maior privilégio da vida.

1. A palavra inglesa “Igreja”. A palavra “igreja” na língua inglesa é derivado da palavra grega Kuriakos, pertencente ao Senhor. Ela chegou até nós pela palavra Anglo-Saxônica circe, e está relacionada com a palavra escocesa kirk e à alemã kirche. A igreja pertence ao Senhor; é Sua possessão.

O nome to kuriakon ou he kurike antes de mais nada designa o lugar onde se reúne a Igreja. Este lugar tem-se como pertencente ao Senhor, e foi então chamado kuriakon. Mas o lugar em si estava vazio e não se manifestava como to kuriakon até que a Igreja se reunisse para adorar. Conseqüentemente, a palavra foi transferida para Igreja em si, o edifício espiritual de Deus. (Berkhof. Op. cit., pág. 557.)

Em uso moderno, o termo “igreja” é aplicado de muitas formas. É usado em referência a um edifício no qual os Cristão se encontram, uma congregação local do crentes, um serviço de culto, o ministério ou profissão clerical, o corpo universal dos verdadeiros Cristãos, Cristandade ou a soma de todos os Cristãos professos, uma denominação religiosa, os adeptos d uma religião, por exemplo, a Igreja Judaica e a Igreja Budista.

2. A palavra grega “ekklesia.” A palavra “igreja” na Bíblia inglesa é traduzida da palavra grega ekklesia, a qual deriva de ek, fora de, e kaleo, eu chamo. A forma latina da palavra é ecclesia. A ekklesia é a assembléia ou congregação de pessoas chamadas. Ekklesia ocorre 115 vezes no Novo Testamento grego. Na Bíblia em inglês, a palavra foi traduzida “igreja” 112 vezes e “assembléia” 3 vezes. Além de ser traduzida “igreja” ou “igrejas”, ekklesia ocorre com outros termos, como, “igreja de Deus” (Atos 20: 28; 1Coríntios 1: 2; 10: 32; 11: 22; 15: 9; 2Corintios 1: 1; Gálatas 1: 13; 1Timóteo 3: 5), “igrejas de Deus” (1Coríntios 11: 6; 1Tessanolissenses 2: 14; 2Tessanolissenses 1: 4), “igreja do Deus vivo” (1Timóteo 3: 15), “Igrejas de Cristo” (Romanos 16: 16), e “igreja dos primogênitos” (Hebreus 12: 23).

3. Uso tríplice da palavra “ekklesia.” Na Bíblia, “ekklesia” tem um uso grego secular (Atos 19: 32, 39, 41), um uso pré Judaico-Cristão (Atos 7: 38; Hebreus 2: 12), e um uso Cristão do Novo Testamento.

(1) Assembléia Política Grega. Na vida política das cidades-estado gregas (Atenas, Esparta, etc.), os gregos usaram a palavra ekklesia para se referir à reunião regular de todos os cidadãos livres, que foram convocados das áreas habitadas por um mensageiro. Ela referia-se a uma sociedade de governo democrático próprio na qual todos os cidadãos eram reunidos para tomar decisões concernentes aos seus assuntos de governo. Os gregos também usavam a palavra para se referir a qualquer ajuntamento ocasional do povo. Em Atos 19: 32, 41, ekklesia refere-se ao ajuntamento na confusa população no templo de Éfeso para protestar a pregação de Paulo contra a adoração a ídolo.

(2) Assembléia Teocrática Judaica. A verdadeira Igreja, o corpo de Cristo, é um ensino do Novo Testamento. A palavra “igreja” ou ekklesia não ocorre no Velho Testamento, que foi escrito em língua hebraica. A congregação dos israelitas reunida era designada pela palavra hebraica kahal, assembléia ou congregação. Cerca de 280 AC., judeus que falavam o grego em Alexandria, no Egito, traduziram o Velho Testamento hebraico para a língua grega; esta tradução é conhecida como a Versão Septuaginta do Velho Testamento. Esta versão era comumente utilizada no tempo do Novo Testamento. Jesus e os escritores do Novo Testamento citaram da Septuaginta assim como do Velho Testamento hebraico. A palavra grega usada pelos tradutores da Septuaginta para a palavra hebraica kahal foi ekklesia. Ekklesia é usada cerca de cem vezes na Septuaginta. Ela referiu-se a Israel como uma congregação ou assembléia. (Êxodo 12: 6; Números 14: 5; Deteronômio 4: 10; 18: 16; 23: 8; 1Reis 8: 1- 5; Jeremias 23: 17.) “Congregação” em Salmos 22: 22 é traduzido “igreja” quando o verso é citado em Hebreus 2: 12.

Estevão descreveu Moisés como estando na “igreja no deserto.” Ele disse: “Este é ele, o que estava na igreja no deserto com o anjo que lhe falou no Monte Sinai, e com nossos pais: o qual recebeu os oráculos da vida para no-las dar.” (Atos 7: 38.) O uso da palavra “igreja” neste verso não ensina que Israel e Igreja são idênticos, nem ensina que a verdadeira Igreja do Novo Testamento existiu durante a era do Velho Testamento. A palavra “igreja” neste verso é usada num sentido pré-Cristão; ela refere-se à congregação ou assembléia de Israel. Israel era o reino de Deus, não a Igreja de Deus. A Igreja não é o reino. A igreja consiste de pessoas chamadas dentre judeus e gentios para a “aristocracia governamental” ou “assembléia administrativa legal” do futuro reino de Deus.

De muitas formas, ekklesia era uma descrição apropriada para Israel, o reino teocrático de Deus. Abraão, fundador da nação, convocado de seu lar em Ur para a terra Prometida (Gênesis 12: 1), e Israel foi retirado do Egito (Oséias 11: 1) para ser separado de todas as outras nações. Os israelitas, reunidos de suas tendas pelo som da trombeta e ajuntados em uma área diante do tabernáculo no deserto, se colocaram diante de Deus como Sua assembléia, Seus convocados.

(3) A Igreja do Novo Testamento. Quando usada no Novo testamento em sentido religioso, a ekklesia refere-se à verdadeira Igreja, a assembléia dos Cristãos, o corpo de Cristo. A Igreja verdadeira não é a assembléia dos Israelitas no deserto nem o ajuntamento dos cidadãos em Éfeso. A Igreja é uma assembléia de crentes, que foram chamados para fora do mundo pela proclamação do evangelho, os quais foram separados para Deus, e estão unidos a Cristo como Sua possessão.

O uso de ekklesia no Novo Testamento para se referir à Igreja foi possivelmente adaptado do uso da palavra pelos judeus mais que pelos gregos. A assembléia dos crentes no Novo Testamento foi designado como a ekklesia, não por ser como a assembléia política grega, mas porque era como a congregação ou assembléia hebraica. O uso de ekklesia em referência à Igreja verdadeira, nem tão pouco foi uma palavra de excelente escolha, pois ekklesia tinha certas conotações para ambos gregos e judeus. Para os gregos, esta palavra figurava a Igreja como uma sociedade democrática auto-governável, chamados do mundo por um mensageiro. Para os judeus, esta palavra figurava a Igreja como o povo de Deus, “o pequeno rebanho, o remanescente,” que se colocam numa relação especial com Deus. Pedro descreveu a sociedade Cristã usando os títulos de honra que anteriormente pertenceram à congregação de Israel. “Vós sois a geração escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo peculiar” (1Pedro 2: 9).

II. Igreja Invisível e Visível

A palavra “igreja” é usada de uma maneira dupla no Novo Testamento. Escritores do Novo Testamento usaram a palavra “igreja” algumas vezes para se referir à verdadeira e completa Igreja. Em outras vezes, eles usaram a palavra para se referir à Igreja visível e local. Nosso Salvador usou a palavra “igreja” em somente duas ocasiões. (Mateus 16:18; 18: 17.) Jesus referiu-se à Igreja completa e invisível na primeira ocasião. “Sobre esta rocha,” disse Jesus, “edificarei a minha Igreja” (Mateus 16: 18). Na Segunda ocasião, Jesus referiu-se à Igreja visível, a congregação local. “E se ele não os escutar, dize-o à igreja: mas se não ouvir a igreja, que ele seja para vós um gentio e um publicano” (Mateus 18: 17).

1. Igreja completa e invisível. A Igreja invisível e completa ou “universal” consiste de todos os crentes verdadeiros que viveram durante a era da Igreja. Isso inclui pessoas que já dormiram na morte, bem como aqueles que agora vivem. A Igreja estará completa e reunida quando Jesus vier; a Igreja invisível então se tornará a Igreja visível. A Igreja invisível todos os verdadeiros Cristãos em relação aos séculos ou países em que viveram durante a era da Igreja. Muitos Cristãos verdadeiros nunca se encontraram e não se verão até a ressurreição. Cada Cristão verdadeiro contudo, pertence a uma verdadeira Igreja invisível, a qual é o corpo de Cristo, a habitação de Deus através do Seu Espírito, o pilar e alicerce da verdade. Algumas escrituras que se referem à Igreja como assembléia invisível ou corpo dos verdadeiros crentes, são: Mateus 16: 18; 1Coríntios 12: 28; Efésios 1: 22; 3: 10, 21; 5; 23-25, 27, 32; Colossenses 1: 18, 24; Hebreus 12: 23. O escritor de Hebreus referiu-se à Igreja completa e invisível quando ele mencionou “a assembléia geral ou a igreja dos primogênitos, que estão escritos no céu”(Hebreus 12: 23). Paulo escreveu: “Porque eu sou o último dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus”(1Coríntios 15: 9; veja também, Gálatas 1: 13). Ele usou a palavra “igreja” em seu sentido invisível e universal quando disse: “Não deis escândalo, nem aos judeus, nem aos gentios, nem à Igreja de Deus” (1Coríntios 10: 32).

2. Igreja visível e local. A Igreja visível e local é um corpo de crentes professos que estão presentes em uma localidade. É uma congregação local de Cristãos que espontaneamente se uniram em acordo com a palavra de Deus, se encontrando em certos locais e em tempos definidos. Na Igreja local, a Palavra de Deus é pregada e as ordenanças (batismo e ceia) são observadas. Verdadeiros crentes que pertencem à Igreja local e visível também pertencem à Igreja invisível e universal.

As escrituras que se referem à Igreja como uma congregação local dos crentes reunidos para adoração incluem: Atos 5: 11; 11: 26; 1Coríntios11: 18; 14: 19, 28, 35. Congregações locais geralmente ocorrem nas casas dos membros, desde que não haja templo edificado. O primeiro edifício como Igreja foi eregido no reinado de Alexandre Severus (222-235). As escrituras que se referem a igrejas locais como o encontro para adoração nos lares dos membros incluem: Romanos 16: 23; 1Coríntios 16: 19; Colossenses 4: 15; Filemon 2. Escritores do Novo Testamento referiram-se a uma congregação local ou congregação dos crentes quando eles mencionaram: “a igreja que estava em Jerusalém” (Atos 8: 1; 11: 22), “a igreja que estava em Antioquia” (Atos 13: 1), “a igreja que está em Cencréia” (Romanos 16: 1), “todas as igrejas dos gentios”(Romanos 16: 4), “as igrejas de Deus que estão em Corinto” (1Corintíos 1: 2; 2Coríntios 1: 1), “as igrejas da Galácia”(1Coríntios 16: 1); “as igrejas da Ásia”(1Coríntios 16: 19), “as igrejas da Macedonia”(2Coríntios 8: 1), “as igrejas da Galácia” (Gálatas1: 2), “as igrejas da Judéia” (Gálatas 1: 22), “a igreja de laodicéia”(Colossenses 4; 16), “a igreja de Tessalônica” (1Tessanolissenses 1: 1; 2Tessanolissenses 1: 1), “as igrejas de Deus na Judéia em Cristo Jesus”(1Tessanolissenses 2: 14), “as sete igrejas que estão na Ásia” (Apocalipse 1: 4), “a igreja de Éfeso” (Apocalipse 2: 1), “a igreja de Smirna” (Apocalipse 2: 8), “a igreja de Pérgamo” (Apocalipse 2: 12), “a igreja de Tiatira” (Apocalipse 2: 18), “a igreja de Sardes”(Apocalipse3: 1), “a igreja de Filadelfia”(Apocalipse3: 7), e “a igreja de Laodicéia”(Apocalipse 3: 14).

III. A Igreja militante, dormente e triunfante

A Igreja em suas várias fases pode ser descrita como Igreja Militante, Igreja Dormente, e Igreja Triunfante.

1. A Igreja Militante. A Igreja Militante refere-se à Igreja vivente na presente dispensação como a que serve ao Senhor e está engajada numa santa batalha. Os membros da Igreja são figurados como soldados Cristãos que “lutam não contra a carne e o sangue, mas contra os principados, contra os poderes, contra os governantes da escuridão deste mundo, contra as impiedades espirituais nos lugares celestiais” (Efésios 6: 10- 18). O Cristão é exortado a “permanecer firme, como bom soldado de Jesus Cristo” (2Timóteo 2: 3, 4). A Igreja Militante designa os crentes viventes que trabalham fielmente ao Senhor.

2. A Igreja Dormente. A Igreja dormente refere-se a todos os verdadeiros Cristãos que “lutaram um bom combate,” que cumpriram suas “carreiras” e que “guardaram a fé” (2Timóteo 4: 7). Eles serviram “no seu tempo pela vontade de Deus” e “dormiram” em Cristo. (Atos 13: 36; 1Coríntios 15: 6, 18.) Eles são os “mortos em Cristo” (1Tessanolissenses 4: 16), não mais servindo, trabalhando, e guerreando por Cristo, mas estão descansando, dormindo, e esperando inconscientes em suas sepulturas (Salmos 146: 4) pelo retorno de Jesus. Toda a Igreja hoje está dividida entre a Igreja Militante e a Igreja dormente, os que estão vivos e os que estão mortos.

3. A Igreja Triunfante. A Igreja triunfante refere-se à verdadeira Igreja que será completada e glorificada quando Jesus vier. Quando Jesus vier, “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro: então nós os que estivermos vivos e permanecermos seremos arrebatados juntos com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares”(1Tessanolissenses 4: 16, 17). Teólogos que crêem na imortalidade da alma afirmam que a Igreja triunfante designa os Cristãos que morreram e foram ao céu. Os Católicos Romanos falam, não de uma Igreja militante e triunfante, mas também de uma Igreja sofredora, referindo-se aos crentes que estão no purgatório. De acordo com a Bíblia, o purgatório não existe e os crentes não vão ao céu na morte. (João 3: 13.) Os Cristãos mortos estão inconscientes e esperam em suas sepulturas até a ressurreição. A Igreja triunfante não estará em existência até que Jesus venha. Os Cristãos mortos, a Igreja dormente, será ressuscitada para a imortalidade; os Cristãos vivos, a Igreja militante, será transformada para a imortalidade “num piscar de olhos” (1Coríntios 15: 51- 54). Paulo esperou receber sua coroa de justiça quando Jesus vier. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (2Timóteo 4: 8).

IV. A Igreja e o Reino

A Igreja não é o futuro reino de Cristo. O reino de Cristo não será estabelecido até que Ele volte a terra como Rei dos reis. Cristo exerce autoridade sobre os crentes vivos hoje, mas Ele não vai se assentar sobre Seu trono de glória e governar sobre Seu reino até que venha. (Apocalipse 3: 21; Mateus 25: 31.) A vida do Cristão é em miniatura Deus “amanhã” e a Igreja é a “aristocracia governante” do futuro reino de Cristo, mas a Igreja não é hoje o reino. Hoje vivemos na era da Igreja; a era do Reino começará quando Jesus voltar. Hoje, Deus está tirando fora das nações “um povo para seu nome” ( Atos 15: 14). Nosso Senhor é como um nobre homem que “saiu para um país distante para receber um reino para si, e retornar” (Lucas 19: 11- 15). Jesus ascendeu ao céu para ser coroado Rei. (Daniel 7; 13, 14.) Ele exercerá Seu reinado e se assentará no Seu trono de glória quando Ele retornar. A Igreja compartilhará o futuro governo de Cristo. Os vencedores serão co-herdeiros com Cristo. (Romanos 8: 17; 2Timóteo 2: 12.) Os crentes serão “reis e sacerdotes” (Apocalipse 1: 6). Cristo “para nosso Deus nos fez reis e sacerdotes, e eles reinarão sobre a terra” (Apocalipse 5; 10). “Eles viveram e reinaram com Cristo mil anos” (Apocalipse 20: 4). A Igreja governará com Cristo em Seu futuro Reinado.

CAPÍTULO LXVII

O NOVO POVO DE DEUS

A Igreja é o novo povo de Deus. Os crentes se tornam novas criaturas em Cristo Jesus, e se tornam partes de um novo grupo da humanidade. Pedro disse aos Cristãos: “Vós sois uma geração escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo peculiar; para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz: vós que em tempo passado não éreis povo, mas agora sois povo de Deus: os quais não tínheis obtido misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” (1Pedro 2: 9, 10). No concílio em Jerusalém, Tiago declarou: “Simão declarou como Deus no princípio visitou os gentios, para tomar dentre eles um povo para seu nome”(Atos 15: 14). Paulo escreveu que Cristo “se entregou por nós, e pode nos redimir de toda iniquidade, e purificar pra si um povo peculiar, zeloso de boas obras” (Tito 2: 14). “Que concerto tem o povo de Deus com os ídolos? Pois vós sois templo do Deus vivo, como disse Deus, Eu habitarei neles, e neles andarei; e serei o Deus deles, e eles serão meu povo” (2Coríntios 6: 16).

I. Três grupos da humanidade

A Igreja é um dos três grupos dentre os quais todos os homens são divididos. Paulo escreveu: “Não causeis ofensa, nem ao judeus, nem aos gentios, nem à igreja de Deus”(1Coríntios 10: 32). De acordo com esta classificação divina , todo homem é judeu, gentio, ou parte da Igreja de Deus. Os judeus constituem a nação do concerto de Deus, Israel. Os gentios constituem a humanidade não judaica, as nações. A Igreja de Deus é o corpo de Cristo, consistindo de ambos judeus e gentios.

Estes três grupos nem sempre existiram. Durante o tempo entre Adão e Abraão, havia unicamente um grupo, as nações ou gentios. Durante o tempo entre Abraão e o ministério terreno de nosso Senhor, houve dois grupos da humanidade, as nações e a nação, ou gentios e judeus. Hoje, durante os séculos entre o Pentecostes e o retorno de Cristo, existem tr6es grupos: as nações, a nação e a Igreja; gentios, judeus e a Igreja de Deus. Cada um destes três períodos existiu por cerca de dois mil anos. Durante o primeiro período, Deus trabalhou com a massa da humanidade; durante o segundo, Ele trabalhou principalmente com a nação, Israel; durante o terceiro, Ele está trabalhando principalmente com a Igreja. Nós vivemos na dispensação da Igreja.

1. Gentios. Todos os homens, por nascimento natural, ou é gentio ou judeu. Gentios são as pessoas que não são judias. Israel, a nação escolhida de Deus, não existiu antes que Deus escolhesse Abraão para se tornar seu ancestral. Antes da existência do concerto de Deus, todos os homens eram gentios. Depois do dilúvio, as nações se originaram do três filhos de Noé. (Gênesis 9: 19; 10: 32.) Ao princípio, todos os homens estavam unidos. Eles tinham uma língua, viviam juntos como um povo; eles conheciam um único Deus. A humanidade se degenerou porém, da civilização para a selvageria e do monoteísmo para o paganismo. Havendo dado as costas para a luz, o homem mergulhou na escuridão. Como um juízo divino, Deus alterou a língua das nações e as espalhou por entre os continentes. (Gênesis 11: 1- 9.) A longa noite do paganismo havia começado.

2. Israel. Habitando no paganismo, a massa da humanidade não agradava a Deus. Através de Seu plano de salvação, Deus propôs o resgate das nações da escuridão e restaurá-las para a luz. Ele desejou salvá-las do pecado para a justiça, da idolatria para o monoteísmo, e da mitologia para a verdade. Ele queira que todas as nações O adorassem como único e verdadeiro Deus e vivessem de acordo com Seus princípios de justiça. Para cumprir Sua obra em reclamar para Si a humanidade, Deus planejou trabalhar através de uma nação escolhida a qual seria exemplo e testemunha missionária para outras nações. Porém, nenhuma das nações existentes sobre a terra, estava qualificada para esta obra de redenção. Todas as nações haviam se degenerado para o paganismo. Todas as nações igualmente necessitavam de redenção. Desta forma, Deus planejou formar Sua própria nação especial para este propósito. Assim, Deus escolheu Abraão para ser o fundador de Sua nação missionária, Israel. Nunca teria existido Israel se não fosse pela obra de Deus. A origem, continuação, e preservação da nação resultou da obra miraculosa de Deus. A nação escolhida de Deus foi exaltada sobre todas as nações. (Êxodo 19: 5, 6; Deuteronômio 7: 6; 14: 1,2; 26: 16- 19.) Deus colocou Sua nação na terra de Canaã, a ponte para os três continentes, o cruzamento do mundo, o centro da terra. Israel deveria ser uma luz brilhando na escuridão, uma nação sacerdotal para trazer as nações pagãs de volta para Deus. Para vir até Deus, os gentios deveriam deveriam se tornar parte da nação escolhida de Deus. Principalmente a história do Antigo Testamento descreve a obra de Deus com uma nação escolhida.

3. A Igreja. Durante os séculos desde o ministério terreno de Cristo, Deus tem trabalhado com um novo grupo da humanidade, a Igreja de Deus. I Igreja é um novo povo que consiste de ambos, judeus e gentios. “Não há judeu nem grego, não há escravo ou livre, não há macho ou fêmea: pois todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3: 28). “Onde não há grego ou judeu, circuncisão ou incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre: mas Cristo é tudo em todos”(Colossenses 3: 11). Quando os pecadores aceitam Jesus como Senhor e Salvador, eles não mais são considerados judeus ou gentios à vista de deus; as distinções velhas desaparecem. Os homens se tornam novas criaturas e partes de um novo grupo da humanidade; eles são membros da Igreja.

Conceder aos gentios uma posição de igualdade quanto ao povo do concerto do Velho Testamento significa ao mesmo tempo o cancelamento do privilégio da posição do judeu e o colocar aparte Israel como nação (Romanos 11: 25). A visão da posição da nação de Israel na história de salvação da presente era é assim um parêntese. O gentio pode agora beber do manancial da salvação sem que antes tenha de obter a permissão do judeu. (Romanos 10: 12, 13.) Um endurecimento parcial apanhou Israel, mas a sua “queda” é a riqueza do mundo. (Romanos 11: 25, 11, 12.) Estes distantes se tornaram próximos (Efésios 2: 11- 13) : os crentes gentios tem o mesmo direito que o crente judeu. Eles são co-herdeiros, e membros companheiros do corpo, co-participantes, concidadãos com os santos (Efésios 3: 6; 2: 19). Eles são os que compartilham das possessões espirituais (Romanos 15: 27), e são juntos com eles “um novo homem”, o corpo de Cristo (Efésios 2: 15, 16). Sendo assim, na Igreja a distinção não mias governa. (Erich Sauer. Op. cit., pág. 64.)

II. Três grupos relatados

Para as nações, Cristo é a pedra que destrói.(Daniel 2: 34, 35, 44, 45;Apocalipse 19:11- 16.) Para Israel, Cristo é a pedra de tropeço. (Isaías 8: 14, 15: Mateus 21: 33, 34.) Para a Igreja, Cristo é a pedra de fundação. (Isaías 28: 16; Efésios 2: 20, 21.) As nações negaram a Cristo; elas serão quebradas em pedaços. Israel rejeitou a Cristo; eles forma espalhados entre as nações. A Igreja tem aceitado a Cristo; ela está edificada sobre Ele.

Os gentios são figurados como um homem numa imagem de metal no sonho de Nabucodonozor. (Daniel 2: 31- 45.) Israel é figurado como um homem e um exército, que está sem vida e de quem os osso estão separados, na visão de Ezequiel do vale dos ossos secos. (Ezequiel 37: 1- 11.) A Igreja é figurada como um homem, o novo homem em Cristo Jesus, um corpo composto de ambos judeus e gentios com Cristo como cabeça. (Efésios 2: 11- 19.)

A Festa das Trombetas, onde Israel se reunia pelo soar das trombetas (Levítico 23: 23- 25), é profética de eventos ocorrendo nos últimos dias da era da Igreja. As trombetas proféticas estão a soar para ajuntar as nações para a batalha e juízo (Joel 2: 1; 3: 9- 16), para ajuntar Israel na terra da Palestina (Isaías 27: 12, 13), e para ajuntar a Igreja na nuvem de glória no retorno de Cristo (1Tessanolissenses 4: 16, 17; 1Coríntios 15: 52, 52).

Durante a era do Reinado, Deus trabalhará com todos os três grupos da humanidade. A Igreja será completa e glorificada. Os Cristãos mortos serão ressuscitados, e os Cristãos vivos serão transformados na segunda vinda de Cristo. A Igreja glorificada será arrebatada para encontrar o Senhor nos ares, e estará com Ele quando Ele aparecer para as nações como o Rei dos reis. Israel, espalhado entre as nações e perseguidos durante a era da Igreja, será resgatado para a Palestina, convertido a Cristo como Messias, e exaltado entre todas as nações. Israel então irá cumprir sua obra sacerdotal de trazer as nações até Deus. As nações ou gentios as quais forem salvas do dia da ira, servirão a Cristo, o Rei, e viverão em paz e justiça. (Zacarias 14: 16; Miquéias 4: 1- 4.)

A qual grupo da humanidade você pertence? Você é judeu, gentio, ou membro da Igreja de Deus? Uma pessoa só pode pertencer a um grupo exclusivamente. Todo homem nasce judeu ou um gentio; ninguém nasce como membro da Igreja de Deus. Aceitando as dádivas de salvação de Deus, o pecador, sendo judeu ou gentio, pode se tornar um membro da Igreja, o novo povo de Deus.

CAPÍTULO LXVIII

FORMAÇÃO HISTÓRICA DA IGREJA

A verdadeira Igreja do Novo Testamento foi fundada por nosso Senhor Jesus Cristo. Depois que Pedro fez sua histórica confissão de fé, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”(Mateus 16: 16), Jesus declarou: “E eu te digo, que tu és Pedro, e sobre esta rocha edificarei a minha igreja, e os portões do inferno não prevalecerão contra ela”(Mateus 16: 18). Jesus é o fundador e construtor da Igreja. A “rocha” sobre a qual Jesus construiria a Sua Igreja não era Pedro, a palavra grega petros, uma simples pedra ou cascalho; era sobre o próprio Jesus e conforme a confissão de fé de Pedro sobre Sua divina filiação. A “rocha” vem da palavra grega “petra” a proeminência de uma rocha ou bloco inamovível. Petra ocorre dezesseis vezes no Novo Testamento. Ela é usada cinco vezes simbolicamente para se referir a Cristo. (Mateus 16; 18; Romanos 9: 33; 1Coríntios 10: 4; duas vezes; 1Pedro 2: 8.) Jesus é a única fundação da Igreja. (1Coríntios 3: 11.)

O fato de Jesus ter dito: “Eu edificarei a minha igreja”, mostra que antes deste tempo a Igreja não existia. O corpo de Cristo não pode funcionar até que Jesus se colocasse como cabeça “de todas as coisas para a igreja, a qual é seu corpo, a plenitude do que cumpre tudo em todos”(Efésios 1: 22, 23). Não poderia existir Igreja até que Jesus a adquiriu com Seu próprio sangue. (Atos 20: 28; Efésios 5: 25- 27.) A Igreja não pode possuir vida até que Cristo ressuscitou dos mortos para dar a ela a novidade de vida. (Colossenses 3: 1- 3.) A cabeça nasceu antes do corpo, a fundação foi lançada antes do edifício estar erguido; a noiva foi buscada pelo noivo. Assim como Adão foi criado antes que Eva fosse formada, assim o ministério de Cristo precedeu a formação da Igreja. Embora homens de fé houvessem vivido durante a dispensação do Velho Testamento (Hebreus 11), e o fato de que os fiéis de Israel vão estar no futuro reino, a Igreja, como corpo de Cristo não existiu no Antigo Testamento.

Jesus proveu a base para a formação da Igreja em Suas palavras, Suas obras, Sua vida sem mácula, Sua morte sacrificial, e Sua ressurreição para a imortalidade. Durante Seu ministério terreno, Jesus escolheu doze apóstolos para formar o núcleo de Sua Igreja, para serem “patriarcas” do novo povo de Deus, e testemunhas para Si. Antes que a Igreja fosse formada, Jesus deu duas ordenanças: batismo, mediante Seu próprio exemplo (Mateus 3: 13- 16) e Seus preceitos (Marcos 16: 15, 16; Mateus 28: 18- 20), e a Ceia do Senhor (Mateus 26:26- 29). Ele definiu o poder e autoridade da Igreja; Ele mostrou sua missão e obra mundial. Ele prometeu que Ele estaria com ela “até a consumação das eras.”

A Igreja teve sua origem histórica em Jerusalém no Pentecostes, a Festa Judaica das Semanas, no mesmo ano em que Jesus foi crucificado. Quarenta dias depois de Sua ressurreição, Jesus ascendeu aos céus. Antes de Sua ascensão, Ele “ordenou que eles não deviam partir de Jerusalém, mas esperar pela promessa do Pai, a qual, disse ele, vós ouvistes de mim”(Atos 1: 4; Lucas 24: 49). Em obediência à instrução de Cristo, os discípulos esperaram em Jerusalém até que Ele enviou a eles o Seu poder, o Espírito. (Lucas 24: 52, 53; Atos 1: 11- 14.) Exaltado no céu e havendo recebido o Espírito de Seu Pai, Cristo enviou o Espírito para a vida dos discípulos em Jerusalém. (Atos 2: 1- 21, 33.) O Espírito foi o meio pelo qual Cristo realizou Sua obra na Igreja. Mediante este poder, o cabeça uniu os discípulos em um corpo, Sua Igreja. Ele transformou suas vidas e deu a eles poder para realizar a obra. O sermão de Pedro para a multidão (Atos 2: 14-36) resultou na conversão de milhares de pessoas no Pentecostes. (Atos 2: 37- 41.)

O Pentecostes marcou não somente o princípio da Igreja, o corpo de Cristo, mas também a fundação da Igreja local e visível de Jerusalém. Lucas descreveu a alegria fraternal daquela primeira congregação dos crentes: “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”(Atos 2: 41- 47).

Pentecostes, conhecido também como Festa das Semanas, era um festival anual de ação de graças do judeus observado em gratidão pela plena colheita na primavera. (Levítico 23: 15- 21.) Era conhecida como Pentecostes porque ocorria cinqüenta dias depois da Festa dos Primeiros Frutos. Ela durava um dia. Neste dia, o pão feito da colheita obtida na primavera era recortado diante do Senhor em ação de graças. O Pentecostes era a terceira maior festa religiosa anula de Israel. As três festas observadas na primavera eram a Festa da Páscoa, a Festa das Primícias(Primeiros Frutos), e a Festa das Semanas. As três festas observadas no outono eram a Festa das Trombetas, o Dia da Expiação, e a Festa dos Tabernáculos. A Festa da Páscoa comemorou a libertação de Israel da escravidão no Egito. Era profética de Cristo, nosso Cordeiro Pascal, sacrificado por nós. A Festa das Primícias era profética da ressurreição de Cristo para a imortalidade. Ele é primícias dos que na morte dormem e o primeiro a ressuscitar dos mortos para a imortalidade. A Festa das Semanas era profética da formação da Igreja, o que ocorreu numa das celebrações anuais desta antiga festa. A lei foi entregue a Israel no Monte Sinai no dia em que a Festa das Semanas era celebrada. O Espírito Santo foi concedido à Igreja anos mais tarde, no mesmo dia em que esta festa anual era observada. No Sinai, no Pentecostes, Israel compunha uma nação. Em Jerusalém, no Pentecostes, a Igreja era formada no corpo de Cristo. O fato de que a Festa das Semanas envolva o repartir do pão diante do Senhor é profético da unidade dos membros da Igreja. Membros da Igreja se tornam parte de um pão, um corpo, um edifício, e uma noiva.

De Jerusalém, os discípulos “partiram, e pregaram por todas as partes, o Senhor cooperando com eles, e confirmando a palavra com sinais que os seguiam” (Marcos 16: 20). Eles eram testemunhas de Cristo “em Jerusalém, na Judéia, e em Samaria, até aos confins da terra”(Atos 1: 8). Durante o primeiro século, Pedro, Paulo, e João foram os três principais líderes da Igreja. Atos 1- 12 descreve principalmente o trabalho de Pedro em Jerusalém como uma cidade central, com o evangelho sendo anunciado primeiramente aos judeus. Atos 13- 28 descreve principalmente o trabalho de Paulo, como Antioquia como cidade central, e com o evangelho sendo anunciado aos gentios em especial. Os Atos dos Apóstolos começam com Pedro em Jerusalém e conclui com Paulo em Roma. Perto do fim do primeiro século, depois da morte de Paulo, o centro da atividade do evangelho é mudado para Éfeso, onde o apóstolo João era o líder principal. (Apocalipse 1- 3.) Como resultado da obra missionária de Paulo, dos outros apóstolos, e dos primeiros Cristãos, as igrejas locais eram estabelecidas em quase todos os países do mundo mediterrâneo, incluindo Síria, Egito, Ásia Menor, Grécia Itália, Espanha, e outros.

Alva G. Huffer