sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um mandamento que deve ser obedecido pelo povo de Deus

Um mandamento que deve ser obedecido pelo povo de Deus

Uma pergunta que pode nos ser feita por qualquer pessoa sem ter uma resposta satisfatória poderia ser: “Porque as mulheres cristãs da atualidade não cobrem a cabeça para orar, sendo que até pouco tempo atrás todas se cobriam?”. A resposta poderia ser difícil de responder se tomarmos a Palavra de Deus como base.

Em certa ocasião se perguntou a uma mulher adulta, pertencente a uma igreja da cristandade, qual era a razão pela qual em sua igreja as mulheres não se cobriam, ao que ela respondeu algo assim: “na verdade não sei porque não nos cobrimos, antes eu sei que se cobriam, mas depois a igreja deixou de assim pregar”. Com certeza, assim como essa mulher, milhões de mulheres “cristãs” ao redor do mundo desconhecem porque não se cobrem quando oram.

Em outras ocasiões a resposta varia mas geralmente é essa: “O véu para orar foi apenas para as mulheres da igreja de Corinto”, “o véu foi questão cultural própria das pessoas daquela região”, “i véu não é necessário para a cristã moderna”, “o véu foi utilizado por algumas irmãs em Corinto, mas somente enquanto esperavam seus cabelos crescerem”, “em minha igreja não se pratica”, “o pastor me disse que o véu não é necessário”, etc. A resposta varia segundo a pessoa que a responda, contudo, sempre se chega a mesma conclusão: A mulher moderna não cobre a cabeça no momento de orar.

Seguramente todo leitor das Escrituras em mais de uma oportunidade já leu 1Coríntios 11: 1-16, onde o apóstolo Paulo, fazendo uso da autoridade, declara a igreja qual é a atitude correta que o homem e a mulher devem adotar no momento de entrar em comunhão com Deus. Se o leitor não se recorda do que Paulo disse nesses versículos, é recomendável ler, para continuarmos esse estudo.

Principio divino de sujeição

A causa do uso do véu tem seu principio na sujeição da mulher perante o homem, havendo iniciado no Jardim do Éden depois que a mulher tomou a iniciativa de desobedecer a vontade de Deus. A partir disso não somente iniciou-se sua sujeição entrou em vigência, mas também Deus lhe proibiu ter domínio sobre o homem tanto no lar como nas reuniões da igreja. Paulo isso enfatizou em 1Coríntios 14: 34 e 35 e também em 1Timóteo 2: 11-14. O primeiro texto diz: “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja”. E o segundo diz: “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”.

No tempo em que o primeiro casal pecou no Éden ainda não existiam raças nem culturas e nem regiões, por conseguinte não cabe nos dias de hoje dizer que a sujeição da mulher é uma questão de raças, culturas ou regiões. Mas sim essa sujeição deve estender-se como decreto divino não somente para aquele casal mas sim para o gênero humano para todos os tempos. Se temos herdado deles a dor, o pecado, a miséria, etc., então também temos herdado a desigualdade dita acima.

Temos que notar que quando Paulo declara: “como também ordena a lei”, não se refere a Lei de Moisés, mas sim a lei dada por Deus no Éden uns dois mil anos antes do aparecimento da lei mosaica. O texto diz: “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”. [Gênesis 3: 16]

Isso demonstra que o povo de Deus deve tomar muito cuidado em lembrar que essa desigualdade provém do Criador, e se provém Dele então significa que enquanto a diferença entre homem e mulher exista, tal diferença não terá nenhuma variação. Enquanto a raça humana exista as coisas permanecerão sem modificação. Além de que sabemos que Deus não muda.

Seguramente toda pessoa que tenha lido as Escrituras entende que ao ter vindo Cristo morrer pelo pecado da humanidade de nenhuma maneira significou abolição da diferença entre homem e mulher, tampouco significa que a partir de Sua morte redentora ia ser abolida o principio de sujeição da mulher ao homem.

É notório que dentro do Evangelho à mulher foi dada uma posição inteiramente diferente a que a lei de Moises lhe dava, dando-lhe a honra e a estima que em Israel lhe foram negadas, mas mesmo assim isso não significa mudança ao que foi decretado por Deus no Éden. Isso quer dizer que a ordem da sujeição da mulher perante o homem se mantém através dos milênios.

Como evidenciar essa sujeição dentro do evangelho? Da seguinte maneira: “Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos”. [1Coríntios 11: 10]

Ao usar o véu para orar ela evidencia que reconhece o decreto divino de que uma autoridade superior posta por Deus está sobre ela, ao orar com a cabeça coberta demonstra que obedece a vontade divina.

O homem se mantém fiel à obediência

Desconheço o grau de respeito que as igrejas em geral tem perante Deus, porém as que conheço, começando pelas mais antigas até as iniciadas recentemente todas tem profundo respeito por Deus e por Seu filho Jesus Cristo, e isso é evidenciado quando os homens descobrem suas cabeças durante as reuniões. Por enquanto nenhuma tem autorizado ou ordenado aos homens que orem com a cabeça coberta. Por que não fazem isso? Porque sabem que Paulo disse: “Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça”. [1Coríntios 11: 4] Nessa ordem dada por Paulo é demonstrado que a cabeça do homem é Jesus Cristo.

A leitura desse versículo é interessante e serve para fazer uma comparação: se dissermos que o véu para a mulher já não é necessário, imediatamente se diz que tampouco é necessário aos homens descobrir-se no momento de orar a Deus. Parece que aos homens cristãos lhes é improvável aceitar que tem a liberdade de orar com a cabeça coberta, sua consciência lhes adverte que o respeito frente ao divino se evidencia por meio de descobrir-se ao momento de orar. Porque, pois proclamar que o véu para a mulher foi coisa do passado, ou de cultura ou ainda de costume e não dizer que foi questão do passado, de cultura ou de costume que o homem se descubra no momento de orar? Estou certo de que inclusive aqueles homens que proclamam que o véu na mulher não está em uso hoje não se atrevem a orar cobertos. É notório que o apóstolo Paulo menciona o uso do véu para as mulheres e o não uso de véu para o homem. Pela lógica se o uso do véu para as mulheres não é obrigatório tão pouco o descumprimento por parte do homem o seria. Porque se o véu para mulher já não existe então o homem também tem a liberdade de orar com a cabeça coberta, pois se a ordem para a mulher já não está em vigência também não está a para o homem. E se tal coisa já não existe, então a sentença dada por Deus no Éden é coisa a qual não se deve prestar atenção, e se assim é, então Deus é mutável e modifica suas decisões para adequá-la as decisões humanas.

Curiosamente nunca vi homens que pertencem a qualquer denominação “cristã” orar sem tirar o chapéu, gorro ou boné de suas cabeças. Inclusive causa satisfação ver como eles no preciso momento em que entram na capela, templo ou igreja, imediatamente se descobrem, nem esperam até o serviço começar. Porque fazem assim? Será que se descobrem por mero costume? Ou será que sua consciência lhes aponta e reclama sobre isso? Ou será que o sentido comum lhes adverte que permanecer cobertos durante o serviço é uma flagrante falta de respeito ao nosso Salvador?

Qualquer explicação que diga que isso ocorre apenas por causa de ser uma mostra de respeito a Deus carece de sentido. Da mesma forma que qualquer argumento que justifique o não uso do véu pelas mulheres no momento de orar carece de sentido. Não existem argumentos válidos para justificar a desobediência a Deus.

A alternativa para a mulher

Falando a respeito da possibilidade de que alguma mulher desobedeça as instruções, Paulo firmemente manda que se a mulher quando ora ou profetiza não se cobre, que rape o cabelo em sinal de vergonha. “Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu”. [1Coríntios 11: 6]

Estudando em certa ocasião com uma senhora religiosa a esse respeito lhe explicava que Paulo manda a mulher cobrir-se para orar, e que se não se cobre então em sinal de vergonha deve rapar-se a cabeça. Ela então com plena satisfação e com um amplo sorriso de triunfo me disse que para ela não era vergonhoso cortar-se o cabelo, que corta-lo lhe era comodidade e liberdade.

Com abundante tranqüilidade me disse que isso de cobrir-se para orar, ou rapar-se, foi somente uma questão cultural.

Estou seguro de que sua resposta refletia um notório desconhecimento da razão pela qual o apóstolo Paulo ordena a mulher cobrir-se para orar e profetizar (ensinar).

Uma pergunta bastante interessante e necessária para a mulher que decide não cobrir a cabeça seria. Quem ordenou (segundo 1Coríntios 11: 1-16) a mulher portar sinal de autoridade sobre a cabeça no memento de orar ou profetizar? Seguramente o raciocínio a levaria a ver que Deus ordenou. Certamente Paulo é quem fala nesse texto, mas todos entendemos que Deus fala por meio dele. Então, diante de quem é vergonhoso orar descoberta ou rapada, acaso diante da sociedade? Não! Diante de Deus claro. Para Deus a mulher se expõe a vergonha diante Dele quando decide desobedece-lo orando sem cobrir-se ou cortando os cabelos. Não importa quanta consciência sobre este assunto possua a mulher que ora descoberta. Não importa que pense ou creia orar descoberta não é pecado. Não importa se sua igreja ri das mulheres que se cobrem para orar. Não importa se o pastor lhe tenha dito que não se cubra “porque as demais não o fazem”. Não importa crer que o véu foi uma questão cultural do passado. Não importa crer que a vida em Cristo lhe ortoga liberdade para desobedecer, etc.

O que na realidade merece atenção é que orar sem cobrir-se lhe é vergonha diante de Deus. O que importa é ter consciência que quando Paulo fala de raspar-se o cabelo como sinal de desonra, essa desonra é diante de Deus. Qualquer argumento desses os quais com sorriso nos lábios se os diga que no mundo moderno não é vergonhoso raspar os cabelos não tem cabimento.

Diante de Deus não contam as racionalizações humanas. O que conta para Deus é a obediência, nada mais. Se a mulher deseja que Deus a veja com beneplácito, então deve cobrir-se no momento de orar.

O argumento sobre a prostituição

Uma opinião popular (que por certo carece de bases) sustenta que o raspar do couro cabeludo da mulher era somente uma questão de desonra dentro da sociedade pagã de Corinto.

Esse argumento afirma que as únicas que se raspavam eram as mil prostitutas que serviam no templo de Afrodite, as quais para evitar a vergonha ao sair em público pela cidade se cobriam a cabeça. Este argumento imaginário carece totalmente de veracidade, a história diz, que para os corintos era uma honra que Afrodite tivesse mil sacerdotisas prostitutas, inclusive se diz que em Corinto se orava aos deuses para que nunca faltasse esse tipo de servidoras.

Porque, pois como diz o argumento, as prostitutas se cobriam a cabeça para evitar que o público as envergonhassem, se a história diz que o povo orava a seus deuses para que as prostitutas abundassem para o serviço a Afrodite? Porque se era essa uma petição dos corintos a seus deuses, significa que para as prostitutas era um privilegio exercer seu oficio e não uma vergonha. Portanto dizer que as prostitutas se cobriam as cabeças por estarem raspadas para não ser envergonhadas quando saiam pela cidade é inexato.

Outro argumento sem bases

Outro argumento que apóia a idéia das prostitutas cobertas diz que as mulheres mencionadas por Paulo eram cristãs que recém haviam saído da prostituição, e que cobriam as cabeças somente enquanto cresciam seus cabelos para evitar que o público as confundisse com as servidoras de Afrodite. Isso não é nada mais que um argumento imaginário. Tão imaginário que até contradiz ao argumento de que as servidoras de Afrodite eram as que se cobriam quando saiam pela cidade. A pergunta que surge é: Ou eram as servidoras de Afrodite as que se cobriam, ou eram as supostas prostitutas que se haviam convertido ao evangelho e se cobriam durante seus cabelos cresciam?

Qualquer pessoa que pergunte sobre a base que se toma para esse tipo de argumentos sempre obterá respostas vagas, resposta sem nenhuma base histórica e muito menos bíblica, respostas cujo único fim é o de sustentar aberta contradição a vontade de Deus.

A bíblia nem sequer por insinuação deixa entender que o uso do véu era para apenas o tempo em que os cabelos cresciam, mas por outro lado é clara ao afirmar que é para que as mulheres se apresentem em oração diante de Deus.

A verdade contradita por argumentos

Ao amável leitor lhe é sumamente necessário colocar toda a sua atenção no seguinte: Observe como os dois imaginários costumes estão ligados mentalmente ao sagrado dever da mulher cristã de cobrir-se no momento de orar ou profetizar. Estou plenamente seguro que a pessoa que forjou tais argumentos não pensou nas palavras do apóstolo Paulo. Paulo fala exclusivamente de cobrir-se a cabeça para orar ou profetizar, não para evitar serem confundidas ao transitar por lugares públicos. Não importa quão comprido ou quão curto seja o cabelo da mulher, o que importa é que se vai orar primeiramente deve cobrir a cabeça.

Qualquer argumento desses contradiz o fundo de obediência sobre o qual o apóstolo está falando. Paulo claramente disse que a mulher deve ter sinal de poder sobre a sua cabeça porque essa é a vontade divina, não do povo de Corinto. Sem dúvida o argumento para anular o uso do véu pela mulher cristã é estranho, sem fundamentos e tende a deturpar as Sagradas Escrituras.

Se Paulo houvesse tido cuidado das criticas dos pagãos em lugar do que Deus disse então todo o conteúdo de sua mensagem como servo de Deus viria a ser posta em dúvida. Os filhos de Deus devem por máxima atenção a obediência do que está na Palavra de Deus. Contraria-la não só leva a pessoa à desobediência como a faz cair no ateísmo. O ateísmo não só é a negação de Deus, mas também a negação de Sua Palavra e implica na oposição da vontade divina. Contrariar a Palavra não leva a pessoa só à heresia, pois além de cair em desobediência acaba se opondo a palavra e à sua rejeição.

Juntar um costume pagão imaginário com o sagrado dever da mulher de cobrir-se no momento de orar é uma séria contradição que urgentemente deve ser abandonada se é que se que se quer obedecer a Palavra de Deus.

Imaginar-se argumentos para contradizer o que Deus determinou no Éden é perigosíssimo. Quem inventou o argumento para desobedecer a Deus não somente caiu no erro de modificar a Palavra de Deus, mas também fez com que milhares de mulheres “cristãs” ao redor do mundo tenham que se apresentar um dia diante do tribunal de Cristo para responder por sua desobediência, mas lamentavelmente para essas será tarde demais.

Prestando atenção à Palavra

Por acaso é difícil de entender 1Coríntios 11: 5? “Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada”. [1Coríntios 11: 5]

Observe cuidadosamente isso: Por acaso o texto não é extremamente claro em dizer que a mulher embora tendo cabelo deve cobrir sua cabeça com um véu? Entendeu o que digo? Observe que ao dizer Paulo: “porque é como se estivesse rapada” claramente está dizendo que ela tem cabelo, e que o não cobri-lo equivale a telo cortado? Ou por acaso o texto diz que a mulher já o tinha raspado e por tal razão deve cobrir-se? O texto é claro ao dar a entender que a mulher tem cabelo, o qual deve raspar se não quer cobrir-se para orar ou profetizar.

De onde então saiu a idéia de umas mulheres coríntias convertidas ao cristianismo deviam cobrir a cabeça careca até que o cabelo crescesse?

A falta de conhecimento é perigosa

Em certa ocasião um pastor de fala inglesa, com sorriso em seus lábios disse a uma irmã hispânica que orava com a cabeça coberta: “Porque te cobres para orar? As únicas mulheres que se cobriam para orar eram as prostitutas”. Segundo parece esse pastor foi ensinado que se uma mulher ora com a cabeça coberta acaba sendo contada como prostituta. Obviamente esse homem é fiel a política de sua igreja, porém infiel a Palavra de Deus. Seguramente ele nunca examinou cuidadosamente 1Coríntios 11: 5 e 6, apenas repete o que outros lhe tem dito, ou apenas repete o que de outros tem escutado. Para ele o importante é colocar atenção ao que a sua igreja ensina, a Palavra é o que menos importa.

O significado de cortasse o cabelo

Em 1Coríntios 11: 14 e 15 Paulo diz que a natureza mesma (ou seja, o conhecimento que Deus tem colocado no homem) ensina que para o homem é desonroso deixar os cabelos crescerem. Deve-se pensar por um momento se as palavras de Paulo não são criadas pelo seu próprio ponto de vista ou se é Deus quem fala por ele. Porque se ele disse isso por puro achismo ou capricho, somente para fazer valer a sua autoridade, para que os demais façam o que ele deseja, então devemos revisar tudo o que ele disse em suas epistolas. Porém se se entende que Deus que Deus fala por ele então devemos prestar-lhe atenção.

Se ele disse que para o homem é desonroso deixar os cabelos crescerem então essa desonra é perante Deus. O homem de cabelos longos desonra a Cristo e se desonra a si mesmo perante Deus. Do mesmo modo a mulher com cabelo curto desonra ao homem e se desonra a si mesma diante de Deus. Por isso que Paulo fala disso no mesmo capítulo (1Coríntios 11: 3).

Cortar os cabelos (mantê-los curtos) vem a ser algo assim como reclamar para si a Deus igualdade entre ela e o homem. Cortar os cabelos equivale a discutir com Deus argumentando inocência do erro cometido no Éden. Cortar os cabelos equivale a colocar-se em frente de Deus para contradizer a sentença que ditou quando ela comeu do fruto proibido. Não importa quão moderna seja a sociedade atual. Não importa quantos argumentos se anteponham para justificar o não uso do véu. Se como cristãos cremos que a Deus temos que obedecer nos afastando qualquer argumento nosso, então o uso do véu deve ser uma mostra de obediência.

Mesmo que modernamente falando ninguém preste atenção que para Deus é desonesto que a mulher use cabelos curtos, de modo algum significa compromisso divino aceitar nossos pontos de vista ou nossas desculpas. Mesmo que a sociedade moderna não olhe como falta diante de Deus o cabelo curto para mulher, isso não significa que Deus apóie a sociedade.

Outra razão pouco tomada em conta

Paulo disse: “Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos”. [1Coríntios 11: 10].

Esta razão não é diferente nem contrária a razão básica pela qual ele afirma o uso do véu, ao contrário, serve de total apoio.

Acaso não são os anjos os mensageiros de Deus? Acaso não é Deus quem fala por intermédio de Seus anjos? Não é verdade que se apresentar um anjo perante os homens equivale ao próprio Deus se apresentar? Portanto, ao dizer Paulo que a mulher deve ter sinal de autoridade sobre sua cabeça “por causa dos anjos”, está dizendo-o porque eles são os portadores da presença divina.

A Escritura diz que “O anjo de Jeová acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. [Salmo 34: 7}, também diz que Deus “... aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”. [Salmo 91: 11]. Isto indica que Deus por meio de seus anjos cuida de todos os Seus filhos, e também claramente diz que os anjos estão ao lado da mulher quando ora. Sendo eles os portadores da presença divina, por isso então necessário que a mulher cubra sua cabeça quando ora. Deve a mulher cristã orar a Deus? Sim deve orar. Deve a mulher cristã obedecer a vontade de Deus? Sim deve obedecer. Deve a mulher cristã cobrir-se para orar? Sim deve cobrir-se.

Duas palavras diferentes servem de tropeço

Provavelmente poucas pessoas saibam que em 1Coríntios 11: 1-16 o apóstolo Paulo usa duas palavras diferentes para referir-se ao véu: “Kaluma” e “Peribolaion”, e com certeza as utilizou com um propósito inteiramente definido, não as escreveu para confundir a seus leitores, mas para deixar claro o que lhes quis dizer, as escreveu para especificar que estava falando de dois tipos diferentes de véu e não de um só. Paulo usa a palavra “Kaluma” nos seguintes versículos seguintes: “4 Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. 5 Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 6 Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. 7 O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. 13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?”.

Em todos esses cinco versículos Paulo usa a palavra “Kaluma” e a usa para referir-se ao véu para orar. A outra palavra “Peribolaion” a usa uma vez no versículo 15: “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar do manto”. Esse tipo de manto não é o véu, mas sim parte da vestimenta feminina.

Devido que nossa língua não é a grega existem algumas coisas a lamentar concernentes a tradução da palavra de Deus, entre elas as seguintes:

O que nós lemos são versões. Os entendidos em escrita sabem que uma versão em nenhum momento pode ser tida como uma tradução fiel e exata, simplesmente porque isso é virtualmente impossível. Tanto os profissionais em tradução como aqueles que tem o conhecimento de dois ou mais idiomas entendem que ao traduzir um escrito de uma língua para outra surgem muitas e grandes dificuldades. Mas os entendidos em traduções bíblicas sustentam que em muitas ocasiões surgem problemas de tradução, principalmente porque é impossível traduzir literalmente algo que em uma língua é correto e claro, mas que em outra carece de sentido porque essa outra língua não possui palavras equivalentes para que a idéia seja o mais fiel possível.

Em muitos aspectos a língua grega é mais ampla que a nossa, por exemplo, nós utilizamos a palavra amor para identificar um tipo de sentimento especial, porém a usamos de forma geral: amor entre irmãos, amor entre esposos, amor de pai para filho, amor entre amigos, etc. Nossa língua carece de amplitude, a língua grega pelo contrário é verdadeiramente ampla, nela encontramos quatro modos de expressar o amor: Ágape, Filia, Eros e Storyi.

O mesmo ocorre com a palavra véu. Em nossa língua usamos a mesma palavra para referirmos ao véu do templo, ao véu para cobrir o rosto, ao véu para cobrir a cabeça na ora de orar, ao véu (manto ou mantilha) que é parte da vestimenta cotidiana feminina nos paises do Oriente Médio e ao verbo velar. Contudo apesar de estarmos utilizando a mesma palavra isso não significa que estejamos nos referindo a uma mesma coisa. Isso é exatamente o que acontece com nossas versões da Bíblia, porque o apóstolo mencionou dois tipos de véu. Mas nossa língua (o autor escreveu em espanhol, algumas traduções para o português já trazem essa diferença, sendo no versículo 15 utilizada a palavra Manto em outras, mantilha – observe a versão NVI em português) só possui uma palavra: velo. Poderemos identificar esses dois tipos de véu lendo o texto grego como veremos mais adiante.

Parece que atualmente torna-se difícil para os eruditos delinear a diferença existente entre “Kaluma” e “Peribolaion” e parece que alguns Comentários da Bíblia, de boa reputação colocam por necessário o uso do véu para orar, mas parece que não encontram uma definição específica para os dois tipos de véu.

Claro que isso acontece devido a vários fatores negativos entre os quais estão: 1- O entendimento das palavras no tempo em que Paulo as escreveu não é o mesmo de nosso tempo. Todos sabemos que o entendimento das palavras varia a medida que o tempo avança.

2- Paulo escreveu já a quase dois mil anos.

3- Paulo escreveu a gente cuja língua nativa era o grego daquele tempo.

Disso da para entendermos que tanto os tradutores da Bíblia como os comentaristas tenham dificuldades nas traduções. E é por isso mesmo que temos a necessidade de que o espírito santo nos ajude a entender a vontade de Deus.

O cabelo substituindo ao véu (manto ou mantilha) merece consideração mais acurada. Recorde-se do que diz o versículo 15: “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”.

O argumento que contradiz o uso do véu para a mulher utiliza esse versículo como a base chave para sustentar sua posição, o qual é incorreto, porque no versículo 15 o apóstolo não menciona “Kaluma” mas sim “Peribolaion”. Se ele dissesse que o cabelo fora dado a mulher em lugar de “Kaluma” então existiria razão para dizer que o véu para orar já não está vigente. Além de que o homem estaria em sérios apertos, posto que a ele também nascem cabelos.

Obviamente Paulo está falando claramente aos corintos, ele sabia que os que receberam a carta entenderiam que havia diferença entre “Kaluma” e “Peribolaion”. Que nós dois mil anos depois não entendamos a situação é outra coisa.

Versículos que diferenciam os véus

Apesar de não existirem muitos versículos nos quais vermos vários exemplos, 2Coríntios 3: 13 diz: “E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório”. O texto grego especificamente diz que Moisés usou um “Kaluma” para cobrir o rosto. Temos que observar que Moisés unicamente cobriu seu rosto, ele não cobriu o corpo todo, portanto tem sentido entender que a peça de tecido que usou foi de tamanho menor, similar ao véu usado pelas mulheres para orar.

Que “Kaluma” é uma peça menor de tecido é apoiado pelo dicionário Grego-Espanhol do eminente filólogo Florêncio I. Sebatian Yarsa. Ele disse: “Katakaluma”. Cobrir ou ocultar completamente, envolver. Velarse, cobrir-se(a cabeça)...”“.

Esse mesmo apoio utiliza o Comentário Explicativo e Exegético da Bíblia escrito por Jamiessom Fausset e Brown, que diz: “11: 10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos”. Deve usar um paninho: em francês “couvrechef”, paninho sobre a cabeça, o emblema da potestade sobre sua cabeça...”

Talvez seja importante deixar claro que este dicionário e esse comentário da Bíblia não são os únicos que fazem este tipo de declaração, abundante é a literatura que declara o mesmo.

Agora observemos de que maneira a palavra “Peribolaion” é usada dentro das Escrituras: “E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão”. [Hebreus 1: 12]. Nas nossas versões lemos manto, no texto grego aparece a palavra “Peribolaion”. Outras versões usam a palavra mantilha.

Porque em umas versões aparece a palavra vestimenta e em outras manto? Pelo motivo de que o “Peibolaion” é um manto que faz parte da vestimenta cotidiana feminina no Oriente Médio, por isso tanto manto como vestimenta equivalem ao “Peribolaion”. Como se pode ver existe diferença entre “Kaluma” e Peribolaion”, o Novo Testamento a demonstra. Com base nisso podemos voltar a observar 1Coríntios 11: 1-16 e entender que quando Paulo usa ambas as palavras, não o faz como que usando sinônimos, nem com o propósito de confundir as pessoas a quem escreveu a carta. Mas sim, que ele usou palavras que tem diferentes significados, porque seu propósito era o de deixar claro que um é o véu que se utiliza ao orar e o outro o manto ou mantilha que faz parte da vestimenta feminina.

O argumento cultural

Com certeza muitas pessoas da atualidade rejeitam o uso do véu baseando-se no que poderia denominar como “argumento cultural”, porém parece que rejeitar obedecer a Deus dizendo que o véu foi coisa da cultura do passado mais parece desculpa para apoiar a desobediência.

Pelo que se pode entender, esse argumento cultural surge da má interpretação que se faz da Palavra de Deus. O apoio ao argumento cultural é uma desculpa a falta de escrutar as Escrituras.

É necessário entender que os assuntos culturais são de pouca valia para o que é a universalidade do Evangelho, pois a reverencia e respeito a Deus não pertencem a nenhuma cultura. Estes dois fatores estão claramente separados por Paulo quando usa duas palavras diferentes para referir-se ao que é véu (Kaluma) para orar, e o que é manto, mantilha e em algumas versões véu (Peribolaion) que é parte da vestimenta feminina em algumas regiões do mundo.

O uso do véu para orar não é uma questão cultural. A obediência a Deus e a sujeição da humanidade não é algo cultural nem regional.

A sentença de sujeição da mulher ao homem não é questão cultural, mas sim uma ordem universal da parte de Deus. A declaração hierárquica que Paulo faz: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”. [1Coríntios 11: 3] não é questão cultural.

Quando Paulo diz que o homem não deve cobrir a cabeça para orar porque é feito a imagem de Deus, e que a mulher deve cobrir-se para orar porque é a glória do homem (1Coríntios 11: 7), não está dando a entender que é questão cultural.

Todos estes aspectos são de índole universal e transcendem a todos os tempos, transcendem a todas as culturas, a todas raças e a todas as categorias. Se é validada a ordem hierárquica que Paulo coloca em 1Coríntios 11: 3, então é necessário validar o uso do véu para orar.

Por tanto não cabe dizer que o véu para orar foi coisa de cultura, mas se deve dizer que é parte inerente da mensagem evangélica para a humanidade de todos os tempos, Paulo é totalmente especifico nisso, documentando com fatos reais as razões pelas quais ordena a mulher cobrir-se para orar. Se modernamente se decidiu mudar as coisas, isso em nada afeta a Palavra de Deus.

Agora quando se vê a Paulo invalidando o uso do “Peribolaion”, declarando que em lugar disso à mulher lhe tem sido dado o cabelo comprido, lhe vemos combatendo um costume, um costume que diz respeito ao Oriente Médio, semelhante costume não foi ordenado por Deus. Deus nunca disse que a mulher devia cobrir a cabeça todo o tempo.

Inclusive na atualidade nos paises árabes (mais que em outros) consideram o “Peribolaion” como sinal de respeito e honra. Sendo que esse véu não somente cobre a cabeça mas também o rosto, deixando muitas vezes descobertos somente os olhos. Isso é uma questão cultural! Nenhuma mulher ao redor do mundo está obrigada a sujeitar-se a isso. Se para aquelas regiões o “Peribolaion” é sinal de respeito e honra, para Deus o respeito e honra são evidenciados pelo cabelo comprido.

Assim sendo, o “Kaluma” (véu) é uma obrigação universal para a mulher que ora a Deus, e transcende a todos os tempos, a toda cultura e a toda posição social. O “Perobolaion” sim é coisa cultural, não uma obrigação para adorar a Deus.

Em conseqüência dizer que o véu para orar foi coisa de cultura é não ter o correto entendimento da vontade de Deus.

Pecado ou não pecado

Algumas vezes me perguntam a respeito de que se uma mulher não se cobre para orar se ela está condenada ou se vai obter a salvação. Pessoalmente não posso dizer que, sim uma mulher que não se cobre está condenada, prefiro que seja o leitor quem tome a palavra e determine a realidade.

De Paulo recebemos a sentença seguinte:

Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão”. [1Coríntios 15: 2]

Que significado pode atribuir-se a frase: “se não é que crestes em vão”? Equivale isso a dizer que se uma pessoa apesar de desobedecer pode ser salva? É isso que lhe passa essa passagem?

Obviamente que não, qualquer um que as leia imediatamente entende que são uma advertência àqueles que se dizendo ser filhos de Deus vivem em desobediência.

Pessoalmente entendo que se uma pessoa diz ser cristã, mas vive em desobediência a vontade divina está perdendo seu tempo, sua crença é em vão, de nada lhe serve, não a qualifica para obter a salvação.

Não é por acaso que Paulo está isso aos mesmos coríntios aos quais lhes esta deixando claro que a mulher deve cobrir a cabeça para orar? Leia outra vez o texto e observe que ele lhes disse que se reterem (ou seja obedecerem e porem em pratica) as palavras que lhes tem falado (incluindo o uso do véu e o modo de tomar a ceia do Senhor, etc.) serão salvos, do contrário teriam crido em vão.

Não seria o mesmo caso também na atualidade, se desobedecem a suas palavras, por tal muitos estarão crendo em vão?

Do escritor de Hebreus – o qual não descarto a possibilidade de ter sido Paulo -, também temos recebido a advertência seguinte: “Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? [Hebreus 2: 1-4]

Poderão argumentar que nessa passagem não se faz referencia ao uso do véu, mas sim a outros aspectos relacionados à desobediência de todos aqueles elementos ensinados pelos apóstolos concernentes a salvação. Mas... Poderá-se argumentar que estes versículos nada tem a ver com o relacionado ao uso do véu?

Respeito a tais perguntas tem duas respostas. Uma é, sim, se pode argumentar com força que este texto não fala da salvação por cobrir-se a cabeça. A outra é, não, não se pode argumentar, pois a resposta depende do modo como se entenda o plano de salvação.

Se cremos que a salvação depende exclusivamente de crer em Jesus Cristo como único Salvador, e assim eliminamos seus ensinos e de seus apóstolos, então o conceito a respeito da salvação não está corretamente fixado em nossa mente, simplesmente porque dentro do Novo Testamento existem elementos que se não são cumpridos a salvação não pode ser alcançada.

Pode alguém contradizer a Paulo com respeito ao fato de que as pessoas ciumentas não herdariam o reino? Pode alguém contradizer-lhe no sentido de que os apóstatas, os dissolutos, etc. não herdarão o reino? Pode alguém contradizer-lhe de que aqueles que praticam a inimizade não herdarão o reino?

Leia Gálatas 5: 21 e notará que a prática dos frutos da carne trazem condenação.

Todos estes aspectos e muitos mais que a cada momento lemos da parte de Paulo não foram pronunciados por nosso salvador. A pergunta que surge é: Porque não foram mandamentos dados por Jesus Cristo não tem validade? Claro que tem! Não por gosto é que Paulo declara que aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino.

Dessa mesma maneira acontece com o uso do véu, não está registrado como mandamento de nosso Senhor, mas sim de Paulo, que igualmente falou dos frutos da carne, também declarou o uso do véu como mandamento a obedecer.

Lembre-se que Paulo falava pela autoridade do espírito santo. Se falou a respeito do véu, então se conclui que foi nosso Senhor quem falou por meio dele. Certo? Ou se acreditará que algumas coisas falou por inspiração divina e outras as disse por vontade própria?

Dependendo da ocasião alguns configuram o que para um é pecado e o que não considera pecado. Um vem e estabelece o que considera pecado mortal e pecado não mortal, o que considera pecado grande e pecado pequeno, o que considera pecado sem importância e pecado notório, etc. Contudo não importa que um considere que uma falta não é um pecado se em verdade é. O que a escritura diz é que toda desobediência tem sua justa paga.

Resumindo, a mulher deve cobrir sua cabeça para orar se é que em verdade quer obedecer a vontade de Deus.

Fim

ANDRÉS MENJÍVAR – igreja de Deus em Canadá

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